quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Mais um encrencado

Marco Polo del Nero licencia-se da presidência da CBF com o risco de ser preso a mando do FBI. Ele foi acusado de corrupção e investigado pela Justiça norte-americana, por participar das transações envolvendo a Traffic, a Klefer, a Nike e os direitos da Copa América e da Copa do Brasil. J. Havilla, dono da Traffic, antiga sócia da CBF, fazia pagamentos à entidade para seus jogadores patrocinados participarem das edições da Copa América. Depois, a Traffic se tornou um parceiro incômodo, e foi posta de lado em favor da Klefer, empresa de Kleber Leite, também fornecedora de dinheiro escuso para a confederação. Contra a Nike, pesavam as acusações de pagamento de propina tanto à CBF quanto à Traffic. 

O atual presidente da CBF foi um participante secundário, já que os comandantes da Casa eram Ricardo Teixeira (até 2012) e José Maria Marin, este último já preso. Teixeira também está sob investigação. 

Não bastasse isso, os presidentes da Concacaf, Alfredo Hawit, e da Conmebol, Juan Ángel Lapout, foram presos em Zurique pelo FBI. Outros executivos da Fifa também foram presos, mas Joseph Blatter não está na lista. 

Estes acontecimentos podem decretar o fim da era Del Nero na CBF e forçar uma reforma substancial no futebol brasileiro (ou não). A motivação veio do exterior. Por aqui, a CPI do Futebol limitou-se a quebrar o sigilo bancário de Teixeira, Marin e Del Nero, medida insuficiente para intimidá-los. 


P.S.: Independente desse terremoto de altíssima magnitude no mundo do futebol, o Palmeiras conquistou a Copa do Brasil, vencendo o Santos por 2 a 1, com dois gols de Dudu. Ricardo Oliveira descontou. O resultado levava para a decisão de pênaltis, e os santistas cobraram mal, principalmente Marquinhos Gabriel e Gustavo Henrique. Fernando Prass não só colaborou para o resultado no tempo normal como cobrou o último penal - e acabou se tornando o grande nome do jogo. 

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