Cerca de 40 mil pessoas foram para as ruas em São Paulo pedindo o impeachment da presidente Dilma Roussef, renovando os protestos contra Lula e, também, Eduardo Cunha, visto também como inimigo do país devido às suas tentativas de se manter à frente da presidência da Câmara a qualquer preço.
Enquanto os paulistanos dizem que não irão "pagar o pato" (nota-se o enorme pato de borracha perto do prédio da Fiesp)...
... alguns manifestantes "enterram" o governo Dilma em Brasília (fotos: Rovena Rosa/Ag. Brasil e Ueslei Marcelino/Reuters)
Outros milhares de pessoas também foram às ruas contra a corrupção e os desmandos, no interior paulista, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, e outras cidades. Em Brasília, a capital do país, também houve o coro dos descontentes com os rumos tomados pela nossa pátria, marcados pelo desgoverno, aumento da inflação e queda brutal no PIB (segundo o boletim Focus, 2015 será marcado por um empobrecimento de 3,62%).
Como era esperado, o número de manifestantes não foi grande. Pode ser comparado aos protestos de 15 de novembro, mas há uma diferença: não houve sequer atos isolados de violência, como ocorreu naquele dia. Tudo transcorreu em ordem, sem tumultos e quebra-quebra. No dia 15 de novembro, houve tentativa de invasão ao Congresso Nacional, reprimida com gás de pimenta.
Os próprios líderes dos protestos não tinham quaisquer ilusões acerca da mobilização, dizendo que são preparativos para o dia 16 de março, quando eles prometem levar muito mais gente. Eles esperam repetir o dia 15 de março deste ano, quando mais de dois milhões de pessoas demonstraram sua insatisfação com o governo Dilma.
A reação contrária também promete. Nesta semana, os governistas pretendem dar uma resposta, na quarta-feira, com o "Não vai ter golpe". É a segunda vez que haverá algo parecido, mas a estimativa é que a adesão (também) seja menor. Prevê-se que eles repitam a pauta de agosto, quando foram às ruas pela primeira vez: não ao impeachment e ao ajuste fiscal (por sinal feito pelo governo, ou mais especificamente pelo ministério da Fazenda, diga-se) e contra Eduardo Cunha (nisso os ativistas dos dois lados concordam).
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