quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Três notícias previsíveis (mas nem tanto)

1. Houve a reunião em Washington entre o presidente americano Donald Trump e o líder israelense Binyamin Netanyahu. Trump voltou a reafirmar o apoio à nação hebraica, e mostrou não estar assim tão alinhado com o colega ao dizer que o governo (até agora) instalado em Tel Aviv precisa ceder também para garantir a segurança do território. Isto não é novidade - esta é a postura oficial de Washington por décadas. O que preocupa os palestinos, ainda considerados como aliados dos americanos, é a aceitação de um só Estado, e não dois Estados independentes: Israel e Samaria (nome dado pelos árabes à Cisjordânia). Mas até mesmo alguém como Trump deve se guiar por políticas que dão resultado, e só respaldar a posição de Israel vai afastar os Estados Unidos da posição oficial da ONU e das nações islâmicas aliadas, como Turquia e Arábia Saudita, além de provocar a ira dos radicais palestinos, que podem voltar com os ataques terroristas. 

2. Os nossos ilustres representantes no Congresso continuam com a velha política de tomar atitudes para defenderem-se do povo e não para defenderem o povo. O ministro Eliseu Padilha, em reunião com funcionários da Caixa Econômica Federal, explicou como o governo opera para manter apoio político (leia AQUI na postagem do jornalista Josias de Souza, da Folha) e sem pudor algum disse o que muita gente já sabe ou devia saber: os critérios para escolha de ministros são fundamentalmente políticos e não técnicos, de acordo com o sistema político atual. Essa prática é secular, mas ficou pior nos governos Lula e Dilma. Além disso, a Câmara tentou incluir os familiares de políticos na repatriação de dinheiro guardado ilegalmente no exterior e Romero Jucá, líder do governo no Senado, quis proteger os presidentes da Câmara e do Senado das investigações feitas pela Lava Jato. Nos dois casos, não houve êxito, devido ao estrago que iria fazer nas imagens do Legislativo e do Executivo, considerados parceiros da rapinagem contra NOSSO DINHEIRO.

3. Continuando os jogos da Champions League, os torcedores do Napoli se animaram quando Inzaghi, do Napoli, fez o gol que abriu o placar contra o poderoso Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu. Enquanto isso, o chileno Sanchez, do Arsenal, fez o gol que deu esperança aos ingleses contra o Bayern de Munique, que saiu na frente com o gol de Robben. Pena que eram duas partidas entre duas equipes fortes e duas mais frágeis, e deu a lógica. O Real virou o placar com Benzema no primeiro tempo, Toni Kroos e o brasileiro Casemiro no segundo, dando aos merengues uma boa vantagem no jogo de volta, em Nápoles. Cristiano Ronaldo nem precisou balançar as redes. Depois dos gols iniciais, o Bayern aplicou uma surra no time visitante no Allianz Arena, com direito a dois gols de Thiago Alcântara, brasileiro naturalizado espanhol e filho de Mazinho, integrante da seleção tetracampeã em 1994; Lewandowski fez o seu gol, e Thomas Müller também. Os gunners, como são conhecidos os jogadores do Arsenal, terão muita dificuldade para reverter o 5 a 1. Podem fazer 4 a 0 como o PSG fez no Barcelona, algo impensável no caso do Bayern, cujo setor defensivo é mais confiável do que o dos catalães. Sanchez, Giroud e Ozil precisariam de muita inspiração e transpiração, enquanto Thiago, Müller, Douglas Costa e todos os demais teriam que perder a sua competitividade.


N. do A.: Uma notícia desagradável: o COB perdeu o patrocínio de todas as empresas privadas, mesmo com o progresso demonstrado entre os atletas na Olimpíada do Rio. A Nike, a Nissan e o Bradesco não renovaram contratos. Ironicamente, a CBF, mesmo com o colossal fiasco da Copa no Brasil e um escândalo de corrupção eficientemente abafado pelo presidente Marco Polo Del Nero, ainda manteve seus convênios. 

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