Depois de seis anos como diretor da Polícia Federal, um período excepcionalmente longo para o cargo, Leandro Daiello, considerado um dos protagonistas do combate à maior rapinagem contra o NOSSO DINHEIRO feita na história do Brasil, deixou o cargo. Para o lugar dele, o presidente Temer nomeou Fernando Segovia, delegado de carreira que atuou principalmente nas questões de fronteiras.
Contudo, Segovia não é um nome consensual entre a PF.
A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal alegou enviar uma lista tríplice em 2016, por constatar que Daiello já não ficaria no seu cargo por muito tempo, e nesta lista o nome de Segovia não constava. Mas outras associações da PF apoiam o nome, segundo o blog do jornalista Fausto Macedo, do Estadão.
Setores da mídia, como as revistas Veja e CartaCapital, e os jornais principalmente do Sudeste e Sul, apontam para o vínculo entre o novo diretor da PF e a família Sarney, por ter trabalhado como superintendente da PF no Maranhão, e ser um nome ligado ao atual ministro da Justiça, Torquato Jardim. Além disso, ele já defendeu uma maior regulamentação das atividades da PF em 2013, conforme a PEC 37, em tramitação na época e posteriormente rejeitada, por ser considerada uma ameaça ao combate à corrupção.
Embora as redes sociais e parte da opinião pública cravem que ele é parte da manobra de Temer e seus aliados para tentar destruir a Lava Jato, há quem pense que a Operação é grande e sólida o bastante para não se deixar comprometer, e outros dizem que a maior ameaça à Lava Jato é a vaidade de certos procuradores querendo mostrar serviço. De qualquer maneira, as forças contra a impunidade neste país precisam continuar atuantes. O Brasil precisa se acostumar a ter mais apreço pela lei e pela justiça, com mais responsabilidade e menos privilégios.
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