Primeiro, porque ele anunciou aposentadoria alguns dias antes, já em novembro.
Segundo, porque ele não é vergonha nacional É um bom piloto, mas, pensando friamente, nunca foi o melhor, durante a sua carreira. Ele contracenou com Michael Schumacher, Kimi Raikkonen, Fernando Alonso, Sebastian Vettel, Jason Button, além do campeão Lewis Hamilton. Agora temos Daniel Ricciardo, Valtteri Bottas e o arrojado Max Verstappen. E Massa já não é mais um garoto: tem 36 anos e ainda sofre com as sequelas de um acidente causado por uma mola que escapou da suspensão do seu colega e amigo Rubens Barrichello, em 2009.
Não pode receber o selo da vergonha apenas por não corresponder às expectativas de torcedores órfãos de Ayrton Senna, ou por deixar a categoria sem nenhum piloto brasileiro para 2018.
Não pode receber o selo da vergonha apenas por não corresponder às expectativas de torcedores órfãos de Ayrton Senna, ou por deixar a categoria sem nenhum piloto brasileiro para 2018.
Felipe Massa quase ganhou o campeonato de 2008, mas Hamilton é que levou; aqui, ao ganhar em Interlagos, naquele ano (Getty Images) |
A vergonha nacional de outubro envolve outros nomes, desde Robinho, que achincalhou Moisés, jogador da Chapecoense ("jogou onde?"), até o senador Aécio Neves (que se livrou da cassação por conta dos seus colegas), passando pelo relator da denúncia contra Temer, Bonifácio de Andrada (não por sua tarefa, mas por se portar como se o Brasil estivesse contra o Congresso), e um aluno com problemas mentais em Goiânia que matou a tiros dois colegas alegando bullying (isso não é justificativa para entrar com armas na escola; uma das vítimas fatais não era responsável por este lamentável mas comum hábito de perseguir e humilhar). Cesare Battisti, o terrorista refugiado no Brasil que tentou ir com dinheiro para a Bolívia em suposta tentativa de fuga, é italiano, e não sendo brasileiro, está fora da lista. O maníaco de Janaúba, por ter morrido após seu crime que destruiu outras 12 vidas, principalmente crianças, também está fora.
Analisando os casos, chega-se à conclusão que o merecedor do selo é mesmo o senador e ex-candidato à presidência. Como já foi adiantado, ex-presidentes e o atual presidente são hors concours, mas candidatos derrotados, não. Ele é investigado por corrupção e outros delitos, e como senador nada fez de notável em benefício dos seus eleitores.
E para novembro temos um forte concorrente. Que não é Felipe Massa. É a ministra dos Direitos Humanos Luislinda Valois, que teve a pachorra de dizer que precisava de R$ 61 mil para não viver como escrava. Ela é fortíssima candidata a receber o selo, e dificilmente vai perder esta "honra".
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