quarta-feira, 22 de abril de 2020

Plano Pró-Brasil

Para mostrar que o governo está funcionando, o presidente Jair Bolsonaro, junto com o chefe da Casa Civil, General Braga Netto e o ministro dos Transportes Tarcísio Freitas, anunciou o programa Pró-Brasil, focado em infraestrutura, para investimentos privados e públicos ainda neste ano. 

General Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil e homem forte de Bolsonaro, falou sobre o plano Pró-Brasil (Adriano Machado/Reuters)


Serão investidos R$ 250 bilhões em concessões à iniciativa privada e R$ 30 bilhões em obras tocadas diretamente pelo governo federal. 

A intenção é gerar de 500 mil a 1 milhão de empregos, pois o desemprego causado pela pandemia de COVID-19 está aumentando. Mas Braga Netto, encarregado pelo presidente para falar sobre o projeto, não deu muitos detalhes sobre o programa, a não ser que ele será regido pelo lema da nossa bandeira: "Ordem e Progresso". Segundo o governo, vai haver mais ordem para melhorar a segurança jurídica nos contratos e criar um ambiente mais propício para os negócios, e mais progresso decorrente das obras: resta ainda saber quais delas, a serem melhor definidas a partir de sexta-feira, quando haverá a primeira reunião do grupo de trabalho. 

Paulo Guedes não compareceu ao evento, mas esteve na reunião ministerial antes do anúncio do plano. Ele resiste à ideia de aplicar NOSSO DINHEIRO em algo que poderia ser tocado exclusivamente pela iniciativa privada, pois isso significaria agravar o problema da dívida pública - no qual todas as grandes nações estão mergulhadas agora, devido à pandemia. 


N. do A. 1: Bolsonaro ainda teve que se reunir com o MDB para tentar novas linhas de diálogo com o Congresso, o que não agrada os seguidores, pois o partido é o maior símbolo da "velha política". O presidente está preocupado com os pedidos de impeachment; o último deles foi pedido pelo PDT, o partido de Ciro Gomes, candidato derrotado à Presidência em 2018. 

N. do A. 2: O plano Pró-Brasil lembra algumas obras paradas que já deveriam estar prontas há muito tempo, como o Rodoanel e as obras de restauração e expansão da linha 15, o famigerado monotrilho. Isso será melhor abordado em uma postagem próxima. O governo paulista, também alvo de um pedido de impeachment por bolsonaristas contrários ao isolamento social necessário para impedir o caos sanitário decorrente do coronavírus, é responsável por tocar esses empreendimentos.

N. do A. 3: Enquanto isso, Ernesto Araújo expressou sua opinião sobre o vírus nas redes sociais, como se fosse um teórico da conspiração olavista e não como ministro das Relações Exteriores.

N. do A. 4: Esta nota nada tem a ver com as anteriores: onde está o ditador da Coréia do Norte, Kim Jong-un?

Nenhum comentário:

Postar um comentário