Adeus, Duralex? A tradicional fábrica de louças inquebráveis está perto de fechar as portas (Simone Viegas) |
A tradicional fábrica de produtos de vidro Duralex, situada na França, está praticamente falida.
Já havia problemas desde antes de 2008, com a crise mundial, quando quase entrou em recuperação judicial. A situação ficou pior em 2017, quando foi preciso trocar um alto-forno e a produção ficou comprometida, gerando uma reação em cadeia que afetou a logística e a administração da empresa. Com a pandemia de COVID-19, tudo piorou: houve queda de 60% nas exportações do produto, em relação a 2019. Foi o golpe que deixou a famosa fábrica de vidros, usando um trocadilho infame, perto da quebradeira. Ela ficou em observação por seis meses, até o lançamento do novo plano de recuperação nesta semana, mas o risco de haver um fechamento definitivo é considerável.
Responsável pela fabricação dos célebres "pratos inquebráveis", a Duralex teve seu auge nos anos 1970 e 1980, quando ainda pertencia à Saint-Gobain. Fundada em 1945, a empresa passou para um grupo italiano em 1997, e depois para um empresário turco, Sinan Solmaz, em 2005. Após a crise de 2008, a empresa, fragilizada, passou para mãos de Antoine Ioannides.
No Brasil, a Nadir Figueiredo é a representante da marca francesa, e por enquanto garante que vai manter a produção.
É mais uma péssima notícia para os franceses, que ainda presenciaram mais um ataque terrorista, contra a antiga sede do Charlie Hebdo, agora abrigando a Premières Lignes, produtora de vídeos. Dois funcionários foram atacados com uma arma branca, e precisaram ser atendidos com urgência no hospital. Eles não correm mais risco de morrer, enquanto o principal suspeito pelo ataque, um paquistanês de 18 anos, foi detido.
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