terça-feira, 1 de setembro de 2020

Quem recebeu o selo do "Orgulho Nacional" (e o da "Vergonha") de agosto?

Começamos o mês de setembro, e portanto teremos mais quatro meses para enfrentar os desafios de um ano atípico. 

Todo começo de mês, há uma pessoa ou uma instituição para receber o selo de "Orgulho Nacional". Neste caso, é o Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, responsável pela produção de um soro para o tratamento da COVID-19, esta pandemia que alterou o curso da humanidade. Este produto, com até cem vezes mais potência para neutralizar o vírus em relação aos anticorpos humanos, demonstra a capacidade de muitos brasileiros em fazer algo construtivo, pelo bem do país. Os cavalos sofrem um pouco na hora de extrair o plasma, mas eles são bem tratados e o procedimento não tem questionamentos por nenhum defensor do direito animal. 

O Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ está produzindo soro a partir de anticorpos retirados do plasma de cavalos, para o combate à COVID-19. 

Enquanto isso, temos também muitos outros capazes de prejudicar o Brasil, entre eles alguns dos nossos representantes públicos que usam seus cargos para enriquecimento próprio, fomentar o crime ou um projeto de poder à custa da sociedade. Governadores e prefeitos, como é o caso de Wilson Witzel e Marcelo Crivella, são acusados de cometer atos que os tornariam indignos de seus cargos. Witzel é visto como beneficiário de um grande esquema de corrupção durante a pandemia, o chamado "Covidão" nos Estados. Crivella estaria se beneficiando do "trabalho" de alguns funcionários públicos chamados de "guardiões do Crivella", usados para dificultar o trabalho de órgãos da imprensa (principalmente a Rede Globo, adversária do prefeito) nas portas dos hospitais públicos. 

Por ser um ano eleitoral, é preciso ter cautela ao selar alguém eleito, a não ser quando o crime é muito grave, envolvendo a morte violenta de alguém, ou as acusações são tão escandalosas que ganham as manchetes dos jornais e a atenção das redes sociais. O caso da deputada Flordelis (PSD), mulher do pastor Anderson da Silva, assassinado em junho de 2019, parece se encaixar bem. Ela vai enfrentar um processo de cassação de mandato por causa do crime. Ela é acusada de mandar matar o marido durante disputa por poder político. Há outras acusações medonhas, como exploração sexual de vários dos seus 55 filhos, 4 naturais e 51 adotivos. É o suficiente para ela ganhar o selo de agosto. 

O assassinato do pastor Anderson aconteceu em 2019, mas só agora a deputada Flordelis, do Rio de Janeiro, vai enfrentar um processo de cassação


Nenhum comentário:

Postar um comentário