sexta-feira, 26 de março de 2021

A corrida da vacina

Depois dos 300 mil mortes parece que o Brasil começou a se mexer e vai fabricar vacinas para diminuir a dependência em relação à Coronavac dos chineses e a vacina da AstraZeneca. 

O governo de São Paulo anunciou a ButanVac, um candidato a imunizante a base de ovo (como as vacinas contra a gripe e a febre amarela). Ela possui a tecnologia desenvolvida no Instituto Mount Sinai, dos EUA, usando vírus inativados do patógeno causador da doença de Newcastle, que ataca as aves, com a proteína do coronavírus. A produção vai ser feita totalmente feita por aqui, no Instituto Butantan. 

Instituto Butantan poderá produzir 40 milhões de doses da ButanVac neste ano (Divulgação)

Para não ficar para trás, o governo federal, por meio do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, anunciou outro imunizante, o Versamune-CoV-2FC, desenvolvido na USP de Ribeirão Preto com recursos da União. O produto não usa ovo e possui como antígeno a combinação de uma partícula nanolipídica e a proteína S1 do coronavírus. 

Ambos os candidatos a imunizante precisam passar pelas três fases de teste, e caso eles forem aprovados, nosso repertório contra a COVID-19 poderá se diversificar grandemente, e a doença irá parar de ceifar vidas de brasileiros e destruir a nossa economia. Mas não dá para acreditar nas datas divulgadas pelo governo paulista, pois dificilmente os testes ficarão concluídos até julho, quando o governo paulista pretende disponibilizar a ButanVac como vacina. Marcos Pontes nem citou datas, tornando o seu anúncio menos desastroso, pois há pouco tempo ele defendia o uso de vermífugos contra o vírus. 

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