Por várias cidades, algumas centenas, ou às vezes não mais de algumas dezenas, foram às ruas comemorar os 57 anos do movimento militar de 1964, que usou o pretexto do "perigo vermelho" (as ideologias comunistas ou semelhantes a estas) para instalar um regime de exceção, onde a democracia foi sufocada e a normalidade institucional foi violentada.
Os manifestantes protestaram contra a corrupção, os abusos (reais ou imaginários) do STF e as medidas "discricionárias" dos governadores e dos prefeitos contra a COVID-19. Muitos queriam a intervenção militar, para expulsar os ministros "petistas" do STF e fechar o Congresso, considerado pouco confiável por estar "tomado" por corruptos, pelo Centrão e pelos opositores "comunistas". Mas não conseguiram atrair muita gente.
Em São Paulo, um grupo foi apoiar Bolsonaro e protestar contra João Dória e o STF (Divulgação) |
Alguns curitibanos também foram às ruas para defender a intervenção militar e a promulgação de outra Consituição contra as ideias "esquerdistas" contidas na atual de 1988 (Franklin Freitas) |
Enquanto isso, o general Braga Neto, ministro da Defesa, quis celebrar 1964 enquanto apresentava os novos comandantes militares, mas os generais e almirantes, em sua maioria, não apresentam o mesmo ânimo e querem limitar-se às suas atribuições constitucionais, ou seja, a defesa da pátria. Não querem embarcar em aventuras políticas envolvendo o presidente ou os governadores.
Outros grupos, contrários a Bolsonaro, também organizaram manifestações, mas chamaram ainda menos a atenção da mídia. A maior delas foi na Avenida Paulista, com alguns poucos protestando contra a comemoração do golpe miltar, pedindo o impeachment do presidente e defendendo a vacinação em massa - e Lula como presidente.
Na Paulista, alguns protestaram contra o golpe de 1964 e o "golpe" de 2016 (impeachment de Dilma Rousseff), e defenderam Lula para 2022 (Fábio Vieira) |
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