Ambientalistas estimam em 475 milhões de mortes, por ano, de animais silvestres, vítimas de atropelamentos nas estradas. A grande maioria é de espécies pequenas, como anfíbios, répteis, aves, morcegos, roedores e artrópodes (insetos, aranhas e assemelhados), embora só as vítimas de grande porte, geralmente mamíferos como capivaras, antas, veados, onças e tamanduás, causem comoção.
Estranhamente, não há números oficiais facilmente disponíveis para fazer um balanço aproximado do número de animais domésticos mortos. A grande maioria é de cães, mas também há perda de vidas de milhares de gatos, bois, cavalos, porcos, ovelhas, galinhas, patos, entre outras espécies de criação.
Além de causarem transtornos e prejuízos, a presença de animais nas pistas torna-se um gravíssimo problema ambiental. Existem propostas para construir passagens para os animais, mas boa parte deles certamente não irá usá-las ou demorará para se adaptarem. Isso decorre da concepção das estradas, que cortam os habitats dos animais silvestres. Outros problemas são as perdas florestais, forçando a migração dos bichos para outros locais.
Na rodovia SP-255, em Jaú, uma onça-parda foi atropelada e morta, num dos casos mais recentes de acidentes envolvendo animais nas estradas (Divulgação) |
Em tese, a questão dos animais domésticos é mais fácil de lidar, pois há meios de responsabilizar os donos por negligência, mas a maioria dos casos nem sequer são apurados. No caso de animais menores, cães e gatos, o acidente pode não ser facilmente percebido pelos motoristas, sobretudo caminhoneiros e condutores de ônibus.
Não há soluções fáceis para tornar esse problema menos trágico e lesivo ao nosso meio ambiente. Isso exige colaboração massiva dos motoristas, das concessionárias de rodovias e dos órgãos fiscalizadores, ou seja, educação e respeito às leis, algo ainda para se resolver.
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