- AAAHHHHH!!!! (E a inesquecível aluna do prof. Raimundo se estatela no chão!)
(Levanta-se e grita)
- Isso é pergunta que se faça, seu pervertido?
E a indecência não fica só NAQUILO, de acordo com as acusações! |
Não parece que a CPI do MEC vai resultar em algo concreto, embora seja tão desejada pela oposição, ávida para desgastar a imagem do governo. A probabilidade de algo além de gerar holofotes políticos, é quase nula.
Também é improvável ver o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro preso por muito tempo. Como a CPI irá, a princípio, limitar-se a fazer barulho e arranhar a imagem de Bolsonaro, ele e seus asseclas envolvidos no chamado "escândalo dos pastores" podem nem ser indiciados.
O presidente, verdadeiro alvo da CPI, não perderá apoio por isso, mas continuará a ser atacado até depois das eleições, ainda mais se continuar a negar corrupção no governo durante seu mandato, algo que tem zero chance de colar, em alguém com um mínimo de discernimento.
N. do A.: As probabilidades nulas também se aplicam a certas circunstâncias, como:
- Nelson Piquet voltar a ser tratado como ídolo do esporte pela militância "lacradora" após suas falas sobre Lewis Hamilton e depois tentar emendar para não ser tachado de racista;
- o Corinthians ter vida fácil na Bombonera (até pode vencer o Boca Juniors lá, mas vai precisar usar seus talentos, habilidades e muito sangue frio por parte de cada jogador);
- alguém conseguir impedir o conflito na Ucrânia de se espalhar para outros locais do mundo, enquanto a China é vista como uma ameaça para a Otan e os países vizinhos, por sua política expansionista no Pacífico e apoiar Putin e Kim Jong-un.
Muita gente espera pela queda na conta da energia elétrica no estado de São Paulo decorrente da diminuição do ICMS (de 25% para 18%), mas é melhor conter o otimismo: a Aneel autorizou um aumento de 12,04% na tarifa. Para as indústrias, a bordoada é ainda maior: 18%.
Esta medida vem depois do reajuste no valor das bandeiras tarifárias, tornando os meses secos um verdadeiro martírio para o bolso do brasileiro, pois dependemos de um adequado regime de chuvas para manter adequados os níveis das represas, necessárias para o fornecimento de energia pelas hidrelétricas. Não é o caso de julho, felizmente, pois a bandeira é verde, sem acréscimo, mas pode acontecer nos meses seguintes, até a temporada das chuvas.
Podemos nos queixar e procurar culpados, e certamente uma das principais causas foi o populismo tarifário da época petista, segurando os preços para obter vantagens políticas, enquanto corruptos e corruptores fazem rapinagem no NOSSO DINHEIRO. Infelizmente, agora só resta tentar administrar o estrago, pois os prejuízos à nação são difíceis de reparar.
N. do A.: Quem não precisa se preocupar com nada disso são os procuradores de São Paulo, que receberam aumento de salário, autorizado pela Procuradoria-Geral do Estado, e poderão receber proventos equivalentes aos dos ministros do STF.
a) Pega todo o seu dinheiro guardado em casa e joga pela janela para qualquer pessoa próxima aproveitar e pegar ao menos uma nota.
b) Grita "EU NÃO SOU LOUCO!"
c) Tenta fazer algumas fórmulas mirabolantes para, por exemplo, calcular uma equação matemática para explicar as decisões do VAR em uma partida de futebol.
d) Canta no meio da rua qualquer jingle de campanha política do passado ou do presente.
e) Faz sexo dentro de algum templo religioso e ainda por cima falando o nome de alguma entidade maligna.
f) Mata mosca com uma arma de fogo ou tenta matar aquele cachorro que rosna para você com um grito.
g) Acessa qualquer portal de notícias da internet e fica horas lendo o conteúdo (E acha tudo normal quando o mundo inteiro parece estar enlouquecido).
Bônus: Lê o horroróscopo deste blog achando que é um horóscopo.
O Flash Barry Allen ainda não tinha sua imagem arruinada por Ezra Miller quando protagonizou Ponto de Ignição (DC Comics) |
A Marvel começava a erguer seu império cinematográfico, a UCM, enquanto as vendas das HQs iam mal (Marvel Comics/UCM/Disney) |
Um dos assuntos mais comentados na indústria do cinema atual é o comportamento do ator Ezra Miller, intérprete do Flash (Barry Allen) no filme homônimo.
Existem várias notícias e rumores sobre ele. A mais recente fala de uma mulher e três filhos pequenos abrigados em uma fazenda com armas e maconha, por decisão do ator. Antes, ele foi acusado de agredir e drogar uma fã de 18 anos, e fazer a mesma coisa com uma menina de 12 anos.
As revistas de escândalos se deleitam com as peripécias dele, talvez até mais do que no caso do rumoroso processo da Amber Heard contra Johnny Depp. A Warner não se pronunciou oficialmente se irá demitir o ator de 29 anos, mas há boatos sobre isso. Há um substituto para ele em vista: o ator Grant Gustin, que interpreta o mesmo personagem no seriado da televisão The Flash, transmitido nos canais CW (nos EUA) e Netflix (no Brasil).
Ezra Miller vive o herói Flash no filme da DC a ser lançado no ano que vem, mas, nos bastidores, de acordo com a mídia, está agindo como um vilão psicopata (Divulgação/Legado da DC) |
Ezra Miller é um dos atores mais influentes da atualidade, defendendo a causa LGBTQ+ por ser homossexual e se declarar não binário, isto é, para ele a sexualidade não é definida pela dualidade homem / mulher. Ele também tem sérios problemas com drogas.
N. do A.: A próxima postagem irá abordar os quadrinhos entre 2006 e 2016. Durante este período, houve na DC um evento que bagunçou ainda mais a ordem temporal da editora, chamado "Flashpoint" (Ponto de Ignição). Esta é justamente a história abordada no filme The Flash (não haverá spoilers).
Em pronunciamento, Bolsonaro disse que o seu ex-ministro da Educação era responsável pelos seus atos (CNN Brasil) |
O blog acabou de publicar algo sobre dois monstros da mitologia grega, e agora temos a notícia de uma tragédia em Piracicaba, onde um homem armado com facão atacou passageiros de um ônibus, feriu três pessoas e matou outras três.
Continuam também as investigações sobre o crime monstruoso que chocou o mundo: a morte do jornalista Don Philips e do indigenista Bruno Pereira. Augusto Aras, o procurador-geral, exigiu mais empenho do governo federal e do governo amazonense na elucidação do caso. Isso é retrato de décadas de abandono da região oeste do Amazonas, uma das mais isoladas do Brasil, entregue às atividades ilegais de todo tipo, inclusive do narcotráfico colombiano.
E nada falam sobre outro "monstro", o responsável por estuprar uma menina de 11 anos em Santa Catarina. Apenas da juíza que impediu a realização do aborto. A legislação autoriza a prática neste caso, mas isso não é imperativo, logo a magistrada não deixou de cumprir a lei. Além disso, ao justificar sua decisão, ela disse que a criança, vítima de um estuprador ainda não devidamente punido, está gerando outra há mais de 22 semanas.
Na mitologia grega, Tifão e Equidna ficam bem longe da candura dessa versão moderna e feliz em livro infantil (Christopher R. Jones) |
Tifão e Equidna eram um casal de monstros da mitologia grega, com a pior reputação possível. Enquanto o marido era um dos titãs, temido em todo o Monte Olimpo por sua reputação de matador de deuses e espalhador de tempestades (daí a palavra tufão), a esposa era metade mulher, metade serpente, sendo considerada bela e horrível ao mesmo tempo.
Esse "lindo" par morava numa gruta imensa na região grega do Peloponeso, porém cujo tamanho parecia insuficiente para alojar Tifão, filho de Gaia, confortavelmente, por ele ser imenso a ponto de, segundo disseram os gregos antigos, tocar as estrelas com a cabeça. A filha de Fórcis e Ceto, dois deuses irmãos, era, por sua vez, irmã das infames Górgonas, as mulheres com cabelo de serpente, entre as quais Medusa. Também se dizia que era irmã do gigante Gerião, de duas cabeças, morto por Heracles (Hércules).
Tifão tinha cem cabeças, segundo o poeta Hesíodo, e apenas uma era de homem. As outras eram de diversos animais, gritavam, urravam e só silenciavam quando a cabeça humana precisava pensar nos meios para destruir os deuses. Boa parte das fontes negava o "exagero" de Hesíodo: para eles, Tifão só tinha uma cabeça.
Sua prole foi notável, destacando-se:
- O Leão de Neméia, o primeiro animal a ser enfrentado por Heracles;
- A Hidra de Lerna, cujas cabeças renasciam ao serem cortadas;
- Cérbero, o cão de guarda do Hades, o submundo para onde iam os mortos;
- Ortros, o cão que pastoreava o gado de Gerião;
- O dragão vigia dos pomos de ouro das Hespérides, região lendária visitada por Heracles durante seus 12 trabalhos;
- O dragão que guardava o velo de ouro na Cólquida (região correspondente à atual Geórgia, no Cáucaso);
- A águia Ethon, que comeu o fígado de Prometeu quando este estava acorrentado no Cáucaso;
- A Esfinge, mulher com corpo de leoa, que desafiou Édipo, o rei de Tebas, a decifrar seus enigmas;
- A horrível Quimera, monstro com cabeça de leão, dorso de bode e cauda de serpente.
Além disso, a descendência incluia outros monstros. Os gregos acusaram os citas, povo residente na atual Ucrânia e parre da Rússia, como pertencentes à linhagem de Schytês, um dos filhos de Tifão.
Como se pode notar, os dois gigantes foram responsáveis pela geração de boa parte do bestiário da mitologia grega. Más línguas do nosso tempo apontam certas pessoas como descendentes do aludido casal, pertencentes a certos lugares, como o governo russo (ou o governo ucraniano), a sede dos Illuminati, as sedes do PT, o palácio do Planalto, a alta cúpula da Petrobras, etc.
Felizmente, não eram imortais, caso realmente existissem. Tifão foi morto por Zeus na última de suas várias batalhas pelo poder, enquanto Equidna foi morta pelo gigante de cem olhos, Argos. Boa parte de seus filhos foi morta por Heracles e outros heróis, ou suas histórias se perderam com o fim da civilização helênica. Supostos sobreviventes foram citados no parágrafo anterior, ou ainda não se pronunciaram sobre as histórias fantásticas contadas antigamente, quando não se falava em fake news.
Ninguém para lamentar o finado? (do site pocnetwork.net) |
Finalmente, depois de longos 26 anos, a Microsoft decidiu matar o Internet Explorer, um dos mais desprezados browsers existentes. Depois de ficar por um bom tempo na liderança entre os navegadores durante a década de 2000, o Firefox, o Safari e o Chrome abocanharam parte do mercado e o Explorer ficou estigmatizado como uma ferramenta inútil, lenta e com poucos recursos. Foi sucedido pelo Edge somente em 2015, e depois de mais sete anos não terá mais lugar na Internet. Em 2021, tinha menos de 1% de popularidade.
O Explorer tornou-se uma pálida lembrança do que foi no início do século, quando tinha mais de 70% de mercado (AFP) |
Certamente ninguém sentirá saudade do velho Explorer, e quem demonstrar esse tipo de sentimento, é melhor começar a explicar o porquê para não ser tachado de louco.
N. do A.: Por falar em loucura, assim pode ser considerada a cobertura jornalística sobre o desaparecimento do jornalista inglês Don Philips e do ambientalista Paulo de Araújo Pereira, com o objetivo não de expressar legítima preocupação com o caso, mas de escancarar o desprezo do presidente Jair Bolsonaro com a Amazônia. Isso acaba se tornando desnecessário, dado o conteúdo dos pronunciamentos do próprio governante maior do Brasil, verdadeiras loas a uma "terra sem lei", contra a qual nem ele nem os antecessores se preocuparam em corrigir, fazendo o Estado se impor na imensa região.
Mais uma vez tivemos uma greve de motoristas e cobradores de ônibus com graves prejuízos à população, que se atrasou para chegar ao trabalho, precisou enfrentar filas nos pontos de ônibus, foi espremida nos vagões de metrô e trem, ou pagou valores altíssimos para se deslocar com os aplicativos de transporte.
O terminal Santo Amaro, um dos maiores de São Paulo, estava praticamente sem ônibus na madrugada de hoje (Divulgação) |
Curiosamente, desta vez ela não se estendeu por muito tempo, e terminou antes das 24h prometidas, o que gerou desconfianças. Fala-se em conluio entre sindicatos e empresas de ônibus, ambos ávidos por mais subsídios, para compensar prejuízos sempre mal explicados e expostos pela imprensa de maneira pouco informativa.
A Justiça já havia determinado a circulação de 80% dos ônibus, mas eles fizeram pouco caso da decisão, e paralisaram o sistema estrutural, que liga os bairros ao centro da cidade, e algumas linhas locais, aqueles que fazem as ligações entre bairros de uma mesma região ou à estações de metrô.
O sistema de ônibus de São Paulo é historicamente falho e explorado muitas vezes por gente inescrupulosa, quando não por verdadeiros bandidos, como os acionistas de algumas viações filiados ao PCC, conforme denúncias e reportagens feitas no início deste mês.
Houve uma proposta de reformulação das linhas, o que só é um paliativo e força os usuários a enfrentarem ainda mais baldeações. Só mesmo a expansão das linhas de metrô poderia, realmente, resolver o problema no transporte público, mas isso exigiria tempo, planejamento, desapropriações de imóveis e transtornos nas vias interditadas. Principalmente, exigiria dinheiro, o NOSSO.
Ontem, a tenista Bia Haddad conquistou o título do WTA 250, em Nottingham, Inglaterra, tornando-se uma das maiores da ATP. A partida final, em quadra de grama, foi contra a americana Alison Riske, por 2 sets a 1, parciais de 6/4, 1/6 e 6/3.
Ela também ganhou nas duplas, jogando com a chinesa Zhang Shuai, vencendo a dupla formada pela americana Caroline Dolehide e a romena Monica Nikulescu por 2 sets a 0.
A paulistana de 26 anos passou a ocupar a posição número 32 da ATP, e é candidata a ser um dos novos ídolos do esporte, num país tão carente de bons exemplos. Ela é vista como sucessora de Maria Esther Bueno, a maior tenista brasileira.
Bia Haddad ainda não está gerando muita repercussão, mas deveria (WTA/Divulgação) |
N. do A.: Foi definido o penúltimo país a participar da Copa do Mundo. O Peru foi eliminado pela Austrália pela repescagem, nos pênaltis (5 a 4), após partida sem gols dentro do estádio Al-Rayyan, no opressivo calor catari. Isso mostra a queda da competitividade do futebol sul-americano, e uma das raras vezes onde uma seleção do nosso subcontinente perde uma vaga na disputa com representantes da Oceania. O derradeiro participante será definido amanhã, entre Costa Rica e Nova Zelândia.
Chegamos à chamada época atual dos quadrinhos, a "Era Moderna" ou "Era Sombria", iniciada em 1985 com a "Crise nas Infinitas Terras", da DC. Por ser um período muito longo e heterogêneo, este blog vai dividí-lo em três:
- de 1985 a 2005: da "Crise" até a "Dinastia M", da Marvel;
- de 2005 a 2016: da "Dinastia M" até a ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos;
- de 2016 em diante: os eventos atuais.
A chamada "Era Moderna", ou "Era Sombria", começou com uma sucessão de lançamentos, como O Cavaleiro das Trevas (1986) e A Queda de Murdock (1986), de Frank Miller, mostrando um Batman ainda mais sombrio e violento; Watchmen (1986), de Alan Moore e Dave Gibbons; V de Vingança (lançado em 1988 nos Estados Unidos), também de Moore. O "Cavaleiro das Trevas" ganhou grande destaque nesta época, com grandes acontecimentos narrados em A Piada Mortal e O Longo Dia das Bruxas. Depois, as tragédias acontecem aos borbotões, como Massacre de Mutantes, Morte na Família (Coringa mata Jason Todd, o segundo Robin), A Morte do Superman e A Queda do Morcego.
O Batman estava implacável em O Cavaleiro das Trevas, chegando a brigar com o Superman (e venceu!) (DC Comics) |
Como se pode notar, os heróis mais tradicionais foram mostrados em situações de vulnerabilidade. Superman foi morto pelo grotesco alienígena Doomsday e Batman teve a coluna vertebral partida pelo vilão Bane após se desgastar enfrentando vários outros inimigos. Os X-Men foram perseguidos como nunca, primeiro na já referida saga Massacre de Mutantes, depois na Era de Apocalipse enfrentando o terrível Eh Sabah Nur, foram obliterados junto com o Quarteto Fantástico e os Vingadores na saga Massacre, renascidos depois em Heróis Renascem, tornaram-se conhecidos como "Filhos do Átomo" na saga de mesmo nome e entraram em conflito com os Vingadores (X-Men vs Vingadores). Este grupo também estava em apuros, assim como a editora em si, afundada numa crise após queda nas vendas. Os Vingadores enfrentaram perigos como o Alto Evolucionário (1988) e, principalmente, Thanos (Destino Infinito, Guerra Infinita). Morreram e renasceram, para serem atacados por uma Feiticeira Escarlate enlouquecida após perder os filhos, Billy e Tommy, que teve com o Visão (Vingadores: A Queda).
Ascenderam personagens de moral duvidosa, como os personagens de Watchmen, a exemplo do misterioso Rorschach e o maquiavélico Ozymandias, sem falar no Doutor Manhattan, um ser poderosíssimo, apático e sem nenhuma moralidade. Anti-heróis surgiram, como Deadpool, o mercenário tagarela. Vilões foram forçados a fazer atos heróicos, nos grupos conhecidos como Thunderbolts (Marvel) e Esquadrão Suicida (DC), liderados por mentes como o Barão Zemo e Amanda Waller, respectivamente.
Outras editoras como a Image Comics surgiram, explorando personagens torturados como Spawn, criado por Todd McFarlane. A editora lançaria, em 2003, Invincible, colocando mais sangue e violência nas histórias de heróis. A Image aproveitou enquanto Marvel e DC estavam enfrentando crise nas vendas de quadrinhos. Se a primeira ameaçou até falir, precisando vender franquias de seus personagens para estúdios de cinema como a Fox e a Sony, a segunda se concentrava nas animações pela televisão (Batman, Batman Beyond, Liga da Justiça, Liga da Justiça Sem Limites e Teen Titans).
Pouco depois, na Marvel, após o crossover desenhado por George Perez (Liga da Justiça vs. Vingadores) e os eventos de Vingadores: A Queda, o grupo liderado pelo Capitão América e o Homem de Ferro precisaram controlar a Feiticeira Escarlate, que alterou toda a realidade e fez ressuscitar não só os filhos, mas antigos personagens, como Gwen Stacy; para piorar, ela fez Magneto, seu suposto pai, tornar-se o tirano do mundo. No final, ela pronunciou a famigerada frase "Chega de mutantes", e com isso quase exterminou a raça dos "Filhos do Átomo".
A Feiticeira Escarlate teve grande destaque na Era Moderna, alterando os rumos do multiverso da Marvel completamente com seus poderes (Marvel Comics) |
Na DC, a situação também estava caótica. Além de Superman e Batman, a Mulher Maravilha também passou por um período difícil, entrando em guerra com os deuses, e o mais famoso dos Lanternas Verdes, Hal Jordan, foi morto e incorporado pelo ser conhecido como Parallax, tornando-se uma ameaça ao mundo. Barbara Gordon, a mais famosa das Batgirls, perdeu os movimentos das pernas após um sádico ataque do Coringa em A Piada Mortal e se tornou a Oráculo. Superman ressuscitou e os autores colocaram as ideias mais absurdas para renová-lo, inclusive os infames "Supermen Vermelho e Azul", enquanto a editora fez retornar a versão mais antiga de Superman, chamada então de Kal-L. A Supergirl, morta na Crise nas Infinitas Terras, ressurgiu mais tarde, enquanto o Superboy, que teve sua história apagada com a crise, voltou como um clone do Projeto Cadmus com genes de Superman e Lex Luthor. A DC consolidou sua fama como "A editora das Crises", mostrando que não conseguiu arrumar a bagunça das tramas com a unificação das Terras, publicando sagas como Zero Hora, Crise de Identidade e Crise Infinita. Esta última chocou os leitores com a morte de Kal-L por um Superboy enlouquecido de uma realidade onde heróis não existiam, o chamado "Primordial", e o ressurgimento das Terras destruídas pela Crise das Infinitas Terras.
Como se pode notar, os heróis tiveram uma "existência" muito dura e acidentada neste período, mas ainda não chegaram a adotar completamente a cartilha dos modernos "defensores dos oprimidos" (segundo o conceito do "politicamente correto" em voga desde o início dos anos 1990). Na próxima postagem, será mostrado como este conceito foi afetando a "nona arte".
Um exemplar de motor 12 cilindros, equipando uma Ferrari Testarrossa. Este tipo de motor será banido da Europa em 2035 (Divulgação) |
É o que se pode considerar a sincera, embora simplista, solução dada pelo governo para tentar abaixar o preço do óleo diesel, principal combustível utilizado no Brasil, para a movimentação dos caminhões, ônibus, geradores, usinas termoelétricas e máquinas agrícolas. Isso também vale para gasolina e gás.
Zerar o ICMS sobre os combustíveis vão fazê-los baixar de preço consideravelmente. Isso é bom. No entanto, vai cortar uma das principais fontes de receita dos Estados, e o imposto está vinculado, por força da lei, aos gastos com a educação pública. E isso é ruim!
Recentemente, há duas semanas, a Câmara já havia aprovado uma alíquota única para este imposto estadual, fixando um teto de 17%, contrariando os interesses dos governadores e, de certa forma, aliviando um pouquinho os pagadores de impostos (nós!). Agora, ele pode ser mexido de novo com uma canetada.
O presidente já disse que irá compensar os Estados pela perda na arrecadação, mas não informou como.
Infelizmente, não há outra alternativa factível para contornar o problema dos derivados de petróleo, cujo preço continuará a ser vinculado ao dólar e ao barril de petróleo, condenando o Brasil a continuar vulnerável a crises externas. Não faltarão promessas alternativas, algo comum em época eleitoral, e quase todas elas problemáticas.
A julgar pelas tendências na política e no futebol, assuntos abordados com frequência na mídia e por aqui neste espaço, o ano de 2022 irá terminar e muita gente vai ficar insatisfeita.
Em outubro (e possivelmente novembro) de 2022 haverá as eleições, e a parte derrotada vai usar à vontade o jus sperneandi, ora reclamando do resultado nas urnas, ora profetizando o desastre. Isso fatalmente acontecerá, não precisando bancar o Nostradamus como em certos artigos deste espaço, onde se tentou fazer previsões. Os petistas chiarão se Bolsonaro conseguir reeleger-se, os bolsonaristas alegarão fraude caso o ex-presidente Lula voltar ao poder, e os defensores da "terceira via" temerão o abismo em qualquer resultado (pois seus representantes não serão escolhidos para ocupar o Alvorada).
O programa de governo apresentado pelo PT, o partido de Lula, também não ajuda muito, propondo a revogação das reformas em curso no Legislativo, planos vagos de intervenção na Petrobras e na mídia. Enquanto isso, Bolsonaro fala em recriar três ministérios. E os candidatos da "terceira via" falam em alternativas, mas o eleitor ainda fica sem saber o que eles propõem.
Neymar e Bolsonaro podem deixar muita gente contente no fim do ano. Ou não (Reprodução/Instagram) |
Depois, haverá a Copa do Mundo, de novembro a dezembro. Pelo tipo de preparação feita pela seleção brasileira comandada por Tite, o hexacampeonato poderá surpreender mais do que uma eliminação na primeira fase. Hoje o Brasil sofreu para vencer o Japão por 1 a 0. Apenas um, com pênalti cobrado por Neymar. Ele não perdeu a chance de querer ser protagonista, mas é tudo o que os torcedores menos querem no momento. Vinícius Jr. ainda não consegue render na Seleção como faz no Real Madrid, pois o esquema de Tite não permite - diversos comentaristas esportivos podem explicar melhor o porquê. Danilo, do Palmeiras, nem sequer foi utilizado, não dando para saber como ele se comportará. Jogadores como Daniel Alves e Thiago Silva estão numa idade com a qual não poderão fazer muito, a não ser para exercerem o papel de líderes dos demais. E os outros ainda são coadjuvantes. Seria normal se quem fosse o craque principal fosse o Pelé ou o Garrincha, como nos tempos românticos do futebol arte, mas Neymar nunca chegou nem perto, em sua já consolidada carreira.
Muitos ficarão a lamentar a chance perdida em 2022, e o mesmo pode se repetir em 2026, 2030, 2034, e lá vai pedrada, quando o binômio Copa-eleições repetir-se. Mas a vida segue.
Telefonemas irritantes podem estragar o dia de qualquer um (Reprodução) |
A tecnologia automotiva e a crise nos combustíveis fósseis permitiram a existência das motos elétricas até mesmo no Brasil, um país visto como irremediavelmente atrasado por muitos. Elas vieram para ficar, e não adiante reclamar.
Principalmente nas grandes cidades, este tipo de veículo está deixando de ser raro. Existem fabricantes como a Voltz, a Shiraney, a GWS e a Super Soco, oferecendo produtos a partir dos R$ 10 mil reais. Se você for um entregador do iFood, poderá adquirir uma moto Voltz EVS Work por um valor menor. Ainda é mais caro do que uma CG 150, moto popular movida a gasolina e etanol, mas o custo com combustível acaba por compensar. Estima-se que uma moto elétrica custe 30% a menos para se manter funcionando.
Graças ao iFood, veremos mais motos elétricas nas ruas (Divulgação/iFood) |
Outras vantagens são a emissão quase zero de poluentes na atmosfera e a ausência de barulho, o que pode ser decepcionante para quem está acostumado ao barulho dos motores de motos. Por outro lado, uma desvantagem gritante, capaz de afugentar possíveis compradores, é o tempo de recarga, de até 6 horas. A autonomia em geral não passa de 100 km, e o desempenho ainda são desestimulantes, assim como a necessidade de descartar a bateria em pouco tempo, graças à tecnologia de lítio que aguenta menos de 2.000 ciclos de descarga e recarga.
Existem projetos já com cronograma definido para implantação, como os feitos pela Horwin, em parceria com a mineradora CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) e a Toshiba, para lançamento de motos elétricas movidas a bateria de lítio enriquecida com íons de nióbio, o mesmo metal tão falado pelo presidente Jair Bolsonaro, cuja recarga é feita em 10 minutos, resolvendo o pior defeito desses veículos. Também há a promessa de maior durabilidade, com cerca de 10.000 ciclos de descarga/recarga. A fabricação deve começar em 2024.
N. do A.: Enquanto isso a mídia destaca o fim do julgamento de Johnny Depp e sua ex-mulher Amber Heard, entre os espetáculos mais rentáveis para o show biz e para os sites e revistas de celebridades. Ambos acusam-se mutuamente de difamação, com base num artigo escrito no Washington Post onde a atriz acusou o ex-marido de tê-la abusado durante as filmagens de Piratas do Caribe, mas a iniciativa falhou: Heard levou a pior e foi condenada a pagar R$ 15 milhões de indenização, enquanto Depp vai pagar "apenas" R$ 2 milhões.