Mais uma vez tivemos uma greve de motoristas e cobradores de ônibus com graves prejuízos à população, que se atrasou para chegar ao trabalho, precisou enfrentar filas nos pontos de ônibus, foi espremida nos vagões de metrô e trem, ou pagou valores altíssimos para se deslocar com os aplicativos de transporte.
O terminal Santo Amaro, um dos maiores de São Paulo, estava praticamente sem ônibus na madrugada de hoje (Divulgação) |
Curiosamente, desta vez ela não se estendeu por muito tempo, e terminou antes das 24h prometidas, o que gerou desconfianças. Fala-se em conluio entre sindicatos e empresas de ônibus, ambos ávidos por mais subsídios, para compensar prejuízos sempre mal explicados e expostos pela imprensa de maneira pouco informativa.
A Justiça já havia determinado a circulação de 80% dos ônibus, mas eles fizeram pouco caso da decisão, e paralisaram o sistema estrutural, que liga os bairros ao centro da cidade, e algumas linhas locais, aqueles que fazem as ligações entre bairros de uma mesma região ou à estações de metrô.
O sistema de ônibus de São Paulo é historicamente falho e explorado muitas vezes por gente inescrupulosa, quando não por verdadeiros bandidos, como os acionistas de algumas viações filiados ao PCC, conforme denúncias e reportagens feitas no início deste mês.
Houve uma proposta de reformulação das linhas, o que só é um paliativo e força os usuários a enfrentarem ainda mais baldeações. Só mesmo a expansão das linhas de metrô poderia, realmente, resolver o problema no transporte público, mas isso exigiria tempo, planejamento, desapropriações de imóveis e transtornos nas vias interditadas. Principalmente, exigiria dinheiro, o NOSSO.
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