Conservadores norte-americanos e do mundo inteiro comemoraram a revogação, pela Suprema Corte, da lei Roe x Wade, de 1973, que garantia o direito ao aborto nos Estados Unidos até a vigésima oitava semana de gestação, quando o feto já está praticamente formado mas ainda pouco desenvolvido.
Não haverá, porém, uma proibição automática, mas a decisão final sobre a interrrupção da gravidez caberá aos Estados. Na Geórgia e no Texas, entrarão em vigor leis para coibir a prática depois de poucas semanas, mesmo quando a gestação foi causada por estupro. Isso poderá levar muita gente a migrar para lugares mais liberais, como a Califórnia, por exemplo.
A Casa Branca, chefiada pelo democrata Joe Biden, lamentou a decisão da Suprema Corte, louvada por conservadores e praticantes mais ortodoxos das religiões, mas os parlamentares podem colocar novos projetos para colocar a União novamente como detentora da palavra final. Isso seria relativamente fácil na Câmara, dominada pelos democratas, mas não no Senado, de maioria republicana.
Esta questão coincide com as discussões sobre o tema aqui no Brasil, onde uma menina de 11 anos foi impedida pela Justiça de abortar após ser estuprada. Com o aval do Ministério Público, ontem ela interrompeu a gestação, para consternação de muitos.
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