terça-feira, 4 de junho de 2024

Taxa de importação empaca no Senado

Este blog estava para comentar outros assuntos (ver Notas do Autor abaixo) quando leu a notícia da retirada daquele famigerado "jabuti" colocado por Átila Lira (PP-AL), o relator da Câmara responsável pelo projeto de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), pelo seu correspondente no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL). 

Átila é aliado político do presidente da Câmara Arthur Lira (os dois não são parentes próximos), enquanto Cunha é opositor, e mais ligado a Fernando Collor e Jair Bolsonaro. 

Independente das alianças políticas, Rodrigo Cunha passou a ser bem considerado por aqueles que não querem a taxação de 20% sobre os produtos importados abaixo dos US$ 50, o que faria os produtos "baratinhos" vindos da China e outros países ficarem cerca de 44% mais caros, considerando também o ICMS cobrado sobre eles. 

O senador Rodrigo Cunha não respeitou o acordo entre governo e Câmara e retirou a taxação das "blusinhas" do projeto Mover (Waldemir Barreto/Agência Senado)

Por causa da retirada do "jabuti" símbolo da fúria arrecadatória do poder público atual, eficiente neste ponto mas não em fazer os serviços necessários (como dar assistência às vítimas da tragédia gaúcha), o projeto Mover vai ser votado pelo Senado e irá voltar para a Câmara se for aprovado (e arquivado, se for reprovado). 


N. do A. 1: No domingo, o México elegeu a primeira presidente mulher do país, Cláudia Sheinbaun, ligada ao atual presidente, Miguel López Obrador. Ela venceu as eleições com 60% dos votos válidos. 

N. do A. 2: Nesta semana, o mandatário indiano Narendra Modi foi reeleito nas eleições gerais da Índia, mas sua legenda, o Partido do Povo Indiano, não conseguiu a maioria no Parlamento, e ele vai ter que fazer acordos políticos para governar a maior democracia do mundo. 

N. do A. 3: Sérgio Moro foi considerado réu pela Primeira Turma do STF, que aceitou a denúncia da PGR, assinada pela subprocurada Lindora Araújo, com base num vídeo de uma festa onde ele teria insinuado a prática de compra de sentenças por parte de Gilmar Mendes, seu desafeto e ministro do STF. Moro pode alegar "perseguição política", devido à insistência de seus adversários numa verdadeira tentativa de assassinar sua reputação. 

N. do A. 4: Como se pode notar nas notas de autor acima, as pautas eram também sobre política, algo muito recorrente neste blog

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