Neste mês dois casos de ampla repercussão nacional puseram a prova a justiça do Brasil.
Primeiramente, o caso da chacina na Vila Brasilândia. Tudo nos leva a crer em um rápido desfecho, Chegaram à seguinte conclusão: o menino Marcelo Pesseguini, de apenas 13 anos, foi o autor das mortes de quatro pessoas. Verdadeiro prodígio, pois os tiros foram certeiros, como os de um profissional experiente. Infelizmente, o menino não poderá se defender, pois também está morto, supostamente por suicídio. Há quem conteste essa versão, com base em indícios de arrombamento. Para muitos, outra pessoa atirou e forçou o garoto a disparar contra si próprio.
Bem mais demorado e meticuloso foi o julgamento do mensalão. O Supremo está analisando os últimos recursos, e não tardará a dar voz de prisão aos chefes da quadrilha. Houve alguns recuos, para suavizar as penas de alguns réus, como foi o caso de Breno Fischberg, ex-sócio da corretora Bônus-Banval. Ele não foi o único membro dessa empresa a ser punido, mas foi o mais penalizado, recebendo pena superior a de seu colega Enivaldo Quadrado. Fischberg recebeu pena de cinco anos e Quadrado, pouco mais de três anos, pelos mesmos crimes - lavagem de dinheiro. Decidiu-se a favor do réu, como é de praxe em países mais avançados - a despeito das penas por lavagem de dinheiro serem, na opinião da maioria dos cidadãos comuns, muito brandas, assim como as de outros crimes chamados de "colarinho branco". Os sócios da Bônus-Banval não vão ficar na cadeia, porque suas penas são inferiores a quatro anos, e nesse caso há penas alternativas, além de multa.
Quanto aos deputados envolvidos, eles continuam sem os seus mandatos. Ao contrário do emético caso Natan Donadon, o STF não vai deixar o Congresso decidir a respeito, para não haver o risco de se criar uma espécie de "bancada da cadeia" no Legislativo, algo não visto em outros países dignos de serem assim considerados.
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