quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O país dos 32 partidos

Com a aprovação pelo TSE do PROS, o tal Partido Republicano da Ordem Social, e do Solidariedade, do Paulinho da Força, o Brasil ganha mais duas legendas partidárias. 

Servirá mais para complicar a vida do eleitor, pois esses partidos já nascem com os vícios dos já existentes: falta de idéias coerentes e poucas propostas realmente inovadoras para beneficiarem seus eleitores. Já nascem como partidos nanicos, sem expressão, satélites dos partidos maiores. E vão engordar a base de sustentação do governo petista. Provavelmente se o PT um dia for derrotado nas urnas, eles poderão negociar o apoio ao novo governo, mesmo se ele for tucano ou DEMocrata. 

A idéia principal do PROS, entre várias outras sem muita profundidade, é a criação do imposto único, uma idéia já apresentada anos atrás como uma panacéia, mas cuja aplicação é muito difícil, sabendo-se que nenhum país cobra só um tipo de imposto. Dizem ser contra a corrupção, mas não mostram muitos projetos nesse sentido. Aliás, todos os partidos dizem ser contra essa praga nacional, até mesmo o PMDB e o PT. 

Já o Solidariedade é uma cópia do antigo partido polonês. O Paulinho da Força sonha em ser um Lech Walesa, mas não quer lutar contra o governo, e sim aderir a ele, para convencê-los a ouvir mais os trabalhadores filiados à Força Sindical (e não só à CUT, a agremiação vinculada ao PT) e abolir o fator previdenciário que arrocha os vencimentos dos aposentados, servindo de quebra-galho enquanto não se adota uma reforma na Previdência Social decente.

Não ficará "só" nisso. Novas siglas poderão surgir para aumentar o número de balaios, como já escrevi em uma postagem recente. Uma delas é a da Marina Silva, o Rede Sustentabilidade, que ainda não tem o número mínimo de assinaturas pela sua criação: 492 mil. 

Enquanto isso, nosso governo se empenha em dizer que os problemas do Brasil são outros. Ontem, a presidentA vociferou contra a espionagem norte-americana, acusando-a de atentar contra a soberania nacional, como se a bisbilhotagem fosse praticada apenas pelo Obama e não por seus antecessores desde a Guerra Fria. E o Brasil, enquanto isso, não se preparou contra a espionagem, adotando medidas mais efetivas para proteger os dados do governo e das empresas. Pelo menos, conseguiu a atenção da mídia internacional, que estava na conferência da ONU para tratar de assuntos como a guerra civil na Síria, o programa nuclear iraniano e o terrorismo islâmico que atacou no Quênia.

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