Hoje a Operação Métis, da Polícia Federal, prendeu quatro policiais da guarda do Senado. Os presos fizeram remoção de equipamentos instalados pela Polícia
Federal para escutar as conversas de quatro senadores investigados. Se a
Polícia Federal fez isso sem autorização, é uma irregularidade que deve
ser denunciada à cúpula da entidade ou ao Ministério da Justiça, e por
si só não é motivo aceitável para a prisão. Mas existem outros motivos: os presos faziam espionagem de senadores a mando de outros, e que ajudavam denunciados da Operação Lava Jato a destruírem provas e atrapalharem as investigações. A medida inédita e, segundo alguns juristas (inclusive o ministro do STF Gilmar Mendes) "drástica", foi motivada por denúncias de colegas.
Os beneficiados seriam Renan Calheiros, a quem o principal dos quatro detidos, Pedro Ricardo, chefe da Guarda Legislativa do Senado, é filiado, e José Sarney (ex-presidente da República e ex-senador), além de Gleisi Hoffman (a mulher de Paulo Bernardo e senadora do PT), Edison Lobão e Romero Jucá. Logicamente, eles negam.
Esta semana já ficou marcada pela prisão do Eduardo Cunha e por outras atitudes que incomodaram bastante os donos do poder. Vai ficar lembrada por bastante tempo pelos brasileiros, e espera-se que não fique só nisso: temos ainda um longo caminho a percorrer até aprendermos a fazer deste país uma pátria digna de orgulho.
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