O Rock in Rio acabou ontem, com avaliações positivas, apesar do excesso de pop e de outros ritmos, principalmente no começo - embora tal excesso seja uma característica do evento desde a primeira edição, para ser justo - e do engajamento político dos artistas brasileiros, visto como "esquerdista demais", por muitos, por se posicionarem contra Temer e a política atual, esquecendo-se propositalmente da ex-presidente Dilma, quando a situação era ainda pior e não havia uma apuração contra os corruptos como está havendo agora (e a maior parte dos músicos e da classe artística em geral é frequentemente acusada de ver Lula como um ídolo, sendo ele acusado de ser o maior beneficiário do ultra-esquema de corrupção que investiu sobre o Brasil como um cardume de piranhas).
Restou a vida real, que poderia inspirar uma letra de thrash metal, com seus versos agressivos e descontrolados.
Os músicos se foram, mas continua o Exército a tentar controlar a situação nas favelas do Rio de Janeiro; nem os mais nefelibatas acham que isso vai resolver a violência sem controle, mas esta é a alternativa que o governo do Rio considerou a mais viável.
Abusos dos direitos humanos continuam a acontecer, como presos sendo despidos e torturados no Centro de Detenção de Altos, próximo a Teresina, capital do Piauí. O fato das vítimas serem criminosas não é justificativa para os funcionários da cadeia também agirem contra a lei.
Em Brasília, o presidente tenta fazer sua performance (de maneira mais digna de "vergonha alheia" do que o Axl Rose no Rio), com popularidade zero, tentando se preservar e temendo maior desgaste na imagem, revogando o decreto que extinguia a Renca mas sem avaliar como tratar do garimpo ilegal que atua desde os tempos em que os governantes não contestavam o status da reserva ambiental, e nem a violência por terras e os desmatamentos clandestinos que ameaçam a Amazônia toda. Há quem diga que os artistas tinham influência no resultado, pois eles protestaram no Rock in Rio contra a medida oficial. Ele também voltou atrás na questão de um outro assunto de "interesse": o horário de verão.
Continuam as trocas de acusações entre Washington e Pyongyang. Os membros da tirania norte-coreana acusam os americanos de "declararem guerra", na sua interpretação das bravatas vindas da boca de Donald Trump.
Ainda falam do dia 23 de setembro, quando não faltou gente comentando sobre a vinda de um certo planeta chamado Nibiru, para destruir o planeta. Mais uma data apocalíptica passou, mas logo virá outra, provavelmente envolvendo outra entidade extraterrena.
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