terça-feira, 9 de abril de 2019

Da série 'Energias renováveis no Brasil', parte 1 - Usinas hidrelétricas

A maior parte da energia elétrica produzida no Brasil vem das usinas hidrelétricas, com capacidade instalada de cerca de 60% do total, segundo dados de 2017 (Anuário Estatístico da Energia Elétrica 2018 - leia AQUI). Há pouco tempo atrás, esse percentual era bem maior, ultrapassando os 80%.

Itaipu, a maior usina hidrelétrica do país, é ainda muito importante para suprir a necessidade energética do país (Caio Coronel/Itaipu)

Apesar da dependência em relação às usinas hidrelétricas ter diminuído, em parte pela crescente oferta de energia vinda de outras fontes, tanto renováveis (eólica, solar) quanto não renováveis (usinas termoelétricas), mas também devido à crise hídrica que ameaçou o país todo desde 2013, as barragens construídas em nossos rios e represas continuarão a ser valiosas para nossa nação. 

Em 2016, houve incremento importante na oferta de energia elétrica com o início da operação da usina de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu (Pará), que despertou a preocupação dos ambientalistas e dos pesquisadores da Amazônia. Por outro lado, o Consórcio Norte Energia S.A. alegou que a área alagada (516 quilômetros quadrados - o site da empresa fala em 478) não chegou a atingir aldeias indigenas, e não houve aumento na incidência de malária, e nem grande impacto na biodiversidade. 

O atual ministro das Minas e Energia, Ricardo Salles, prevê ainda a construção de novas usinas, principalmente na Amazônia, pois a crise hídrica atinge de forma mais severa as outras regiões, principalmente o Sudeste e o Nordeste. O desafio é fazer usinas de alta capacidade em uma região com poucos desníveis, como reconhece o ministro, e onde a construção das represas pode significar alto impacto ambiental, se não houver um estudo sério.

Na próxima postagem, a série irá abordar a energia obtida da biomassa, ainda pouco explorada para a conversão em eletricidade, mas de grande valor como combustível, diminuindo a dependência em relação ao petróleo.


N. do A.: O blog não esqueceu das tragédias no Rio de Janeiro, tanto as chuvas torrenciais responsáveis por prejuízos milionários e nada menos que dez mortes; as inundações são agravadas pela presença de toneladas de lixo tratadas com negligência pela população e pelas autoridades, e por queda de árvores, a maior parte delas condenadas. Também houve o caso de um erro operacional do Exército ao metralhar um carro modelo Ka, de cor branca, julgando ser de criminosos: um inocente cidadão foi morto e outros ocupantes do veículo correram o risco de ter o mesmo destino; o Comando Militar do Leste prendeu 10 dos soldados responsáveis por esse ato de barbárie e flagrante violação das atribuições constitucionais das Forças Armadas. 

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