quarta-feira, 3 de abril de 2019

Orgulho e vergonha de março (e a estréia do selo "Vergonha Mundial")

Este blog, a cada final de trimestre, vai apontar um comportamento inaceitável presente no Brasil, responsável por observações pouco elogiosas feitas pelos estrangeiros, ou por fazer os brasileiros decentes se constrangerem e compararem certas condutas daqui com as praticadas no exterior. 

Vamos, no entanto, começar com os selos tradicionais. Primeiramente, vamos ao "Orgulho Nacional" de março, destinado à merendeira que salvou cerca de 50 alunos da dupla assassina de Suzano. 

Se não fosse por ela, os assassinos teriam matado e ferido mais crianças na escola onde houve o massacre de Suzano

Depois, a "Vergonha Nacional", dada... para a Bettina! A jovem se tornou motivo de piada no Brasil ao contar uma história onde ela não contou toda a verdade sobre o aumento do seu patrimônio. Os donos da Empiricus, a empresa de consultoria de investimentos, também merecem o selo por divulgação de propaganda enganosa e sensacionalista.

Oi, eu sou a Bettina e estou ganhando este selo por me submeter ao ridículo nacional!

Por fim, quem ganhou o selo da "Vergonha Mundial" é quem se aproveita do sectarismo nas redes sociais, motivado por gente que não sai de sua bolha e parece ter perdido a capacidade de conviver normalmente com outras pessoas, Os exploradores do ódio, da intolerância e da estupidez alheias existem em todo o mundo, mas no Brasil assumiu dimensões grotescas nos últimos anos. Infelizmente, então entre eles alguns políticos que deveriam estar zelando pelo país e fazendo a boa política ("nova política" não existe: ou ela é boa e segue as leis e as normas éticas, ou é ruim, como tem sido no Brasil desde o tempo das capitanias hereditárias). Por outro lado, existe quem explore o comportamento vitimista de outros usuários de redes sociais, ajudando a divulgar o comodismo, a busca por soluções fáceis (e irrealistas) e a ênfase em apontar supostas culpas alheias para desculpar os fracassos, ou seja, fomentar o chamado "mimimi". Todas essas condutas irresponsáveis contribuem para arruinar o país (e o mundo).

As redes sociais não servem apenas para divulgar o ódio e a estultícia

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