sexta-feira, 5 de julho de 2019

Brasileiros podem mudar história da humanidade

Arqueólogos brasileiros fazem parte de uma equipe que encontrou vestígios de ferramentas utilizadas por homens primitivos da espécie Homo habilis há cerca de 2,4 milhões de anos, no vale do rio Zarqa, na Jordânia, país da Ásia Ocidental próximo do limite com a África, continente de origem dos hominídeos. 

Esta datação mostra que os antepassados do homem saíram do continente africano 500 mil anos antes do estipulado anteriormente. 

Isto esclarece a aparição de outros sinais de hominídios bastante antigos, embora não tanto quanto os encontrados na Jordânia. Em Dmanisi, na Geórgia (região do Cáucaso, entre a Europa e a Ásia, não muito longe da Jordânia), foram encontrados restos de possíveis Homo erectus, uma espécie mais avançada, há 1,8 milhão de anos. Todavia, na China, muito mais longe da África, foram encontrados fósseis mais antigos, de 2,1 milhão de anos atrás, de uma espécie que também poderia ser o Homo habilis

A equipe, formada tanto por brasileiros quanto por italianos, realizou quatro viagens entre 2013 e 2016 para colher dados. Os dados serão publicados na revista Quaternary Science Reviews no sábado, em artigo assinado pelo renomado professor Walter Neves (USP) e pelos pesquisadores Astolfo Araújo (USP), Giancarlo Scardia (Unesp/Rio Claro) e Fábio Parenti (UFPR). 

Equipe recolhe fragmentos no vale do Rio Zarqa, Jordânia (Astolfo Araújo)


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