Para aparente alívio dos envolvidos no escândalo do The Intercept, os suspeitos de serem hackers que supostamente teriam fornecido material para o site de Gleen Greenwald foram presos. Um deles, Walter Delgatti Neto, confessou ter grampeado o procurador Deltan Dallagnol, uma das principais vítimas do crime.
O episódio mostrou uma presteza não comum no Brasil, onde costuma haver um intervalo de tempo intoleravelmente grande entre o crime e a prisão do(s) autor(es). Neste caso específico, apenas um deles confessou e os outros ainda estão para serem investigados, antes de saber se realmente são hackers ou não.
Isto, no entanto, não alivia muito a situação de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, pois o conteúdo, ainda que extraído de forma ilegal, os compromete de forma irremediável. Também pode representar uma complicação para o The Intercept, veículo de informação assumidamente opositor a Bolsonaro e à Lava Jato, e defensor dos chamados "progressistas", inclusive o ex-presidente Lula.
De qualquer forma, há muitos interesses visando prejudicar a imagem da Lava Jato e do governo Bolsonaro, e tudo isso, mais os rumores de envolvimento da Rússia ou de quadrilhas internacionais, devem ser investigados, por mais parecidos que sejam com "teorias de conspiração", roteiros de novelas e tramas da pior literatura possível.
De qualquer forma, há muitos interesses visando prejudicar a imagem da Lava Jato e do governo Bolsonaro, e tudo isso, mais os rumores de envolvimento da Rússia ou de quadrilhas internacionais, devem ser investigados, por mais parecidos que sejam com "teorias de conspiração", roteiros de novelas e tramas da pior literatura possível.
N. do A.: Não é preciso nenhum hacker para comprometer Jair Bolsonaro de forma severa. Suas declarações sobre os governadores nordestinos, os tais "xiitas ambientais" e a "repulsa a quem não é brasileiro", não são, definitivamente, aceitáveis. Até se pode entender que os "xiitas ambientais" são, em boa parte, estrangeiros sem contato com a realidade brasileira, e o termo "não é brasileiro" deva ser interpretado como "contra o brasileiro", mas isso tudo é uma ótima munição para aqueles que não são devotos da ideologia oficial poderem fazer críticas, fundamentadas ou não. Os termos excessivamente informais empregados pelo chefe de Estado da nossa nação estão em desacordo com a liturgia do cargo, em grau até maior do que o palavreado chulo de Lula ou os discursos sem nexo de Dilma. E, sim, ofendem os ambientalistas, os nordestinos, os estrangeiros. Mas o Brasil é grande e complexo demais para ser destruído por palavras, e o governo não se limita a isso: existem decisões tomadas de forma mais séria, como a venda de parte das ações da BR Distribuidora para a quebra do monopólio no setor de distribuição de combustíveis e outros derivados do petróleo, ou a liberação do FGTS (limitada a R$ 500,00 por ano).
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