quarta-feira, 31 de julho de 2019

Orgulho e vergonha de julho

Este blog resolveu antecipar a "premiação" dos dois selos para hoje, pois houve menor dificuldade para as escolhas. Normalmente, isso só acontece no final do ano. 

Como já foi escrito, toda a delegação do Brasil nos Jogos Panamericanos de Lima merece os parabéns, e a Seleção Brasileira da CBF, de certa forma, também, por vencer a Copa América (e sem Neymar, enquanto a Argentina tinha Messi, o Uruguai tinha Cavani e Suárez, e mesmo assim eles fracassaram). 

Todavia, quem vai receber o selo é a Ana Marcela, da maratona aquática, por ganhar duas medalhas de ouro, uma na prova de 5 km e outra na de 25 km.

A maratonista aquática Ana Marcela é a maior medalhista brasileira da atualidade

Por outro lado, o outro selo teve alguns ilustres candidatos, dentre os quais os mais cotados foram:
 - Deltan Dallagnol e seus planos para enriquecer às custas do NOSSO DINHEIRO (vazados de forma criminosa, é verdade, mas o conteúdo dos vazamentos mostrou ser verídico) enquanto posa de reformador da justiça e dos costumes, acima do bem e do mal;
- o candidato ao embaixador em Washington e filho do presidente Bolsonaro, cuja maior credencial para o cargo em questão é fritar hambúrguer. 

Mas eles perderam o selo para o responsável pelo roubo de informações das autoridades federais, o senhor Walter Delgatti Neto, um dos tais "hackers de Araraquara". Ele confessou sua participação nos crimes (os demais são pobres-diabos, e não merecem ser taxados de "vergonha nacional" porque suas atuações nem foram elucidadas ainda). Celulares não podem ter conteúdo roubado por ninguém, seja ele um hacker ou um membro da Polícia Federal (que não tenha autorização judicial para isso), ainda mais para obter vantagem financeira. Alguns dos alvos, como o ministro da Justiça, também revelaram seu lado execrável, mas são altas autoridades, e não podem ser seladas.

Sorria, "hacker". Você ganhou o selo da "Vergonha Nacional" de julho.  Não teve para o Deltan e nem para o Moro, que não pôde concorrer porque é hors concours


N. do A.: Jair Bolsonaro é o presidente da República, e a mais alta autoridade do país não pode nem pensar em ser "premiada" com o selo da "Vergonha", mas suas atitudes e opiniões em flagrante violação do decoro, das liberdades e direitos conquistados pelo fim do regime militar e garantidos pela Constituição podem ser lembradas em setembro, como algo a não se fazer por nenhum governante. Informalmente, Bolsonaro é exposto pela mídia como "vergonha mundial". 

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