quarta-feira, 3 de julho de 2019

As participações de Bolsonaro

Bolsonaro foi protagonista em duas ocasiões, e em ambas ele não agradou a plateia como ele esperava. 

Hoje, ele tentou ajudar a categoria dos policiais federais a terem uma idade mínima menor para a categoria. A proposta original era de 55 anos para ambos os sexos, mas depois de protestos da categoria e até acusações de traição, houve uma mudança para colocar 53 anos para homens e 52 para mulheres. Mesmo assim, os policiais não aceitaram. E o texto para ser votado não prevê nenhuma alteração na idade mínima fixada em fevereiro. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, não gostou da movimentação e afirmou que todos precisam colaborar. Afinal, a reforma é ou não para corrigir distorções?

Antes disso, o presidente foi assistir à Copa América e viu a Seleção fazer 2 a 0 na Argentina com Messi e tudo, com gols de Gabriel Jesus (Aleluia! Ele voltou a fazer gols no tempo normal de jogo e salvou o Brasil!) e Roberto Firmino. Bolsonaro teve a brilhante ideia de participar da "volta olímpica". Boa parte do estádio do Mineirão o vaiou, embora não falte ainda quem o aplaudisse e o chamasse de "mito". Isso é uma indicação de que ele vai precisar fazer mais do que isso, muito mais, para ser realmente estimado pelo povo.


N. do A.: O ministro Sérgio Moro voltou a ser interpelado, desta vez pelos deputados, e não mudou a sua versão dos vazamentos. Continuou a dizer que os grampos eram ilegais e o The Intercept fez a edição do conteúdo, visando desacreditá-lo e tentar soltar Lula. Enfrentou gente menos elegante do que os senadores, ouviu insultos dos oposicionistas e elogios dos situacionistas, e ainda precisou lidar com as acusações contra a Força-Tarefa, pois ela teria acionado o Coaf para investigar as contas de Gleen Greenwald, o que caracterizaria violação da liberdade de imprensa. O americano, estranhamente (ou nem tanto), não foi procurar seus direitos na Justiça, limitando-se a escrever nas redes sociais, elogiando os oposicionistas mais duros contra Moro, inclusive Glauber Braga (PSOL-RJ), autor do "juiz ladrão", numa acusação tipicamente ad hominem em forma de insulto pessoal contra o ministro, visto como inimigo do "preso político" Lula. Braga é correligionário do namorado de Greenwald, David Miranda. 

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