terça-feira, 2 de julho de 2019

Orgulho e vergonha nacional de junho - e a vergonha mundial do trimestre

No mês passado este blog teve dificuldade para separar grandes exemplos para marcá-los com o selo "Orgulho Nacional". Em compensação, este país ficou cheio de gente merecedora do outro selo. E ainda há o "prêmio máximo" dado a cada trimestre do ano. 

Em primeiro lugar, como é de praxe, o grande destaque positivo de junho, para um empreendedor que ganhou o prêmio Rolex por seus esforços pelo aproveitamento racional de um recurso natural valioso, o pirarucu, maior peixe de escamas do Brasil. Graças ao seu trabalho de ensino às comunidades amazônicas para o manejo desta espécie, outrora quase ameaçado de desaparecer, muita gente às margens do rio Juruá pôde melhorar de vida. O prêmio ajudará outras comunidades da região e isso contribuirá para o pirarucu deixar definitivamente de ser uma espécie ameaçada.

O biólogo recebeu o prêmio Rolex de empreendedorismo no dia 14 de junho, sendo um dos cinco contemplados


Por outro lado, o prêmio da "Vergonha Nacional" sairia para a Najila Trindade, a mulher que tentou extorquir Neymar acusando o jogador de estuprá-la. Sua história não convenceu ninguém, e ela está prestes a ser "convidada" a fazer um exame psicológico. Decerto não será considerada inimputável quando enfrentar a sua sentença. Vale lembrar que Neymar, considerado um caso perdido em termos de comportamento, já foi "premiado" com o selo da "Vergonha". 

Houve quem conseguiu superar Najila: o sargento da FAB Manoel Silva Rodrigues, preso em flagrante na Espanha com 39 kg de pasta de cocaína. Ele contribuiu negativamente para a imagem do governo e do Brasil, e irá ser tratado severamente por isso. E vai levar o selo.

O sargento da FAB preso com pasta de cocaína bem que podia ser considerado uma vergonha mundial, pois o caso repercutiu no planeta, mas aquele selo não vai para pessoas e sim para atitudes feias.

Pelo menos ele não matou ninguém (diretamente), como fizeram as assassinas do menino Rhuan, de apenas 9 anos, decapitado e esquartejado pela própria mãe e pela amante desta, e o sujeito que estuprou e trucidou o próprio enteado, um bebê de 9 meses, em Conceição do Macabu (RJ), sem falar no assassino do ator Rafael Miguel, Paulo Cupertino Matias, ainda foragido da Justiça. Todos eles são parte de uma estatística horrenda: no Brasil, se mata mais do que países em guerra, não só em números absolutos (65.602 pelos dados do Ipea, relativos ao ano de 2017), mas também por grupo de 100.000 habitantes: 31,6 (mais que Afeganistão e Iraque, entre outros países). A maior parte das vítimas é negra, em casos muito longe de terem repercussão na mídia. É preciso haver mais justiça, fazer a lei ser cumprida, para o nosso país deixar de ser considerado uma VERGONHA MUNDIAL.

As assassinas do pequeno Rhuan e todos os responsáveis pelo altíssimo índice de assassinatos no país são um flagelo para a humanidade; o Brasil é uma autêntica vergonha para o mundo no quesito violência. 

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