terça-feira, 6 de agosto de 2019

Bolsonaro não é Johnny Bravo

Johnny Bravo é um personagem do Cartoon Network criado pelo cartunista filipino (naturalizado americano) Van Partible nos anos 1990. Ele é uma paródia de outro personagem, Jonny Quest, de Doug Wildey, dos anos 1960. 

Johnny Bravo não deixa as garotas em paz com seu insistente assédio. Imaginem alguém como ele governando um país (Cartoon Network)

O personagem é paquerador barato, mulherengo, nunca tira os óculos escuros, cabelos loiros, jovem, narcisista, egocêntrico, com muitos músculos e pouco cérebro. Aliás, os opositores e setores da mídia gostam de dizer que o presidente tem esta última característica. 

Nosso presidente deve ter citado o Johnny Bravo em mais um ato falho durante discurso em Sobradinho, na Bahia. Mas não pode ser comparado a um personagem assim, assim como não é Jeca Tatu, Macunaíma, Rambo, Conan, Homer Simpson, Jânio, Collor, Trump, Napoleão, Hitler... e nem o Messias (tampouco um menino muito travesso, aproveitando a piada feita pelos britânicos do Monty Python hehehe!), apesar de ter um "Messias" no nome. 

Bolsonaro só pode ser o que ele realmente é. Fim de papo.


N. do A.: Johnny Bravo não é o responsável pela crise no país, pelo tratamento antirrepublicano dado aos governadores do Nordeste (assim como o presidente, eles também foram eleitos) e nem pela irritação da imprensa, alvo de uma MP que desobriga as empresas de capital aberto a divulgar os balanços nos jornais. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) vê um prejuízo à transparência e uma afronta à lei 13.818, sancionada pelo próprio presidente (repetindo, não pelo topetudo exibido da ficção). 

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