Vítima dos hackers que tinham como intenção a derrota da Lava Jato e a soltura do ex-presidente Lula, a Polícia Federal resolveu divulgar vazamentos feitos por ela mesma, com conteúdo escabroso: um suposto tesoureiro do PCC teria falado sobre relações "cabulosas" com políticos do PT e disse ofensas pesadas contra Sérgio Moro.
A direção do PT reagiu, insinuando armação. Por outro lado, a PF não poderia divulgar algo que não fosse verdade, sob pena de afastamento ou até de prisão, por atentar contra um partido político. Poderia até fazer o governo Bolsonaro ser acusado de atos típicos do fascismo e do nazismo. Não se pode ser irresponsável a este ponto, ou logo falarão sobre um plano para instituir uma versão tupiniquim da "noite dos longos punhais", ou algo parecido.
Associação entre membros de um partido político e organizações criminosas pode render graves consequências à agremiação. Forjar um falso diálogo para incriminar qualquer um, mesmo um partido acusado de tantos crimes contra o Brasil, não significa limpar a sujeira, e sim aumentá-la ainda mais.
Este conteúdo é extremamente grave e merece uma análise por parte do STF, tal como será feita com o conteúdo vazado pelos hackers. É imperativo verificar qual dos lados desceu à sordidez mais abjeta: a Polícia Federal ou o PT. Em ambos os casos, aumenta a sensação de vivermos na maior cafua do mundo.
N. do A.: Nesta semana o blog ficou preso demais aos assuntos referentes ao governo Bolsonaro e à política em geral. Cabe variar a pauta a partir da próxima semana.
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