O poster oficial do Festival de Woodstock, em 1969 |
Nos dias 15, 16, 17 e 18 de agosto de 1969, milhares de jovens se reuniram para fazer uma festa movida a "sexo, drogas e rock'n roll", de acordo com o famoso clichê da época. Eles celebravam a "Era de Aquário", quando não haveria guerra e o amor reinava. Não queriam saber da "caretice" da Guerra Fria e nem dos combates no Vietnã. Só queriam se sujar de lama, fazer sexo à vontade, experimentar o LSD e outras substâncias para viagens loucas e, the last but not the least, ouvir o velho rock'n roll, este gênero que marcou o fim do século XX.
O principal nome foi Jimmi Hendrix, no auge da carreira, antes de sucumbir aos 27 anos por causa das drogas (27 anos é uma idade "maldita" para os artistas). Mas para lá foram Joan Baez (grávida), Santana, Ravi Shankar, Johnny Winter, Joe Cocker e a incrível Janis Joplin, também próxima dos 27 anos, idade durante a qual ela (adivinhem) morreu.
Logicamente, trata-se de Woodstock, o evento que não aconteceu nesta cidade no Estado de Nova York, mas a uma hora e meia de carro daí, numa fazenda da zona rural de Bethel, no mesmo Estado.
50 anos depois, não haveria ambiente para fazer algo assim. O gênero rock'n roll está restrito a um nicho, apesar de termos mais um Rock in Rio neste ano, a partir do dia 27 de setembro, com atrações muito além do velho estilo. A "Era de Aquário", com base na posição da nascente (ponto onde o Sol aparece no horizonte), próxima à Constelação de Aquário, é só uma teoria esotérica, até prova em contrário. A moda do "paz e amor", própria dos hippies, terminou ainda na década de 1970, apesar de haver adeptos entre os que passaram a juventude naquela época - os hipsters, influenciados pelos velhos ripongas, em geral não adotam o desapego aos bens materiais e nem o consumo de drogas para verem outros mundos. Ficar ao ar livre e se sujar de lama não é algo agradável para a atual geração criada em apartamentos e acostumada aos smartphones e videogames.
N. do A.: Agora, principalmente entre os espíritas adeptos do kardecismo, fala-se numa nova era marcada pela paz e pela elevação espiritual, combinada com o avanço tecnológico cada vez mais acelerado. Chico Xavier teria previsto isso com base na chamada "data limite", 20 de julho de 2019, cinquenta anos depois da chegada de Neil Armstrong e seus companheiros à Lua, caso não houvesse (e não houve) um conflito nuclear. Muitos misturaram esta manifestação do médium com outras pautas esotéricas ou escatológicas, como a chegada do Apocalipse, de extraterrestres ou de entidades cósmicas como o tal Nibiru, um estranho planeta cuja órbita iria coincidir com a da Terra.
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