Nesta semana, chamou a atenção um estudo do Instituto de Biociências da USP (ICB), publicado na revista PLOS Neglected Tropical Diseases e depois divulgado no Jornal da USP (ler a matéria completa AQUI), sobre os efeitos da memantina sobre o protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, mal que atinge milhares de pessoas no mundo.
O protozoário é transmitido pela picada do inseto Triatoma infestans, conhecido como "barbeiro".
Revelou-se que a memantina, usada no tratamento de doenças neurológicas como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson, também pode ser usada no combate a um parasita responsável pela morte e invalidez de brasileiros, principalmente os habitantes de casas de pau a pique, sem infra-estrutura e com esconderijos para o "barbeiro". A memantina possui taxa de seletividade bastante satisfatória, isto é, afeta muito mais os parasitas do que as células infectadas.
A ação da memantina conseguiu eliminar a maior parte dos parasitas causadores da doença de Chagas, em análise com células de ratos (Ariel M. Silber) |
Este estudo foi uma colaboração entre as equipes do Prof. Dr. Ariel Silber e do Prof. Cláudio Martinho, dos Laboratórios de Bioquímica de Trips e de Imunoparasitologia Experimental, respectivamente, ambos do ICB.
Espera-se que este trabalho possa resultar no tratamento de uma doença considerada incurável e, todavia, sem a necessária atenção da indústria farmacêutica, por atingir pessoas de baixo poder aquisitivo e que vivem em países tropicais.
O Instituto de Ciências Biomédicas da USP, local das pesquisas sobre a memantina. |
N. do A.: Os parasitas lembram os dilapidadores da nação, que se regozijam por cada ato falho da Lava Jato, visto como um remédio cujo efeito revelou ser demorado e pouco eficaz no combate à corrupção, além de ter sua base legal questionada. Um dos atos falhos mais constrangedores para o Brasil foi a entrevista do ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, um dos mais atuantes defensores do trabalho feito na Polícia Federal, confessando ter entrado com uma arma no prédio do STF. Janot quase deu vazão à sua ira quando viu Gilmar Mendes, e por pouco, segundo a própria história contada por ele ao jornal O Estado de S. Paulo e à revista Veja, não atirou nele. Ele teve vontade de matar Mendes e depois se suicidar. Os investigados pela Lava Jato não tardaram a considerar Janot como um psicopata. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro sanciona uma lei que regulamenta as verbas eleitorais, cheia de brechas para torrar o NOSSO DINHEIRO. Boa parte delas, como o artigo que permite o aumento do fundo partidário e o outro que autoriza o pagamento desse fundo para multas (VOCÊ pagaria a multa que ELES devem à Justiça Eleitoral), foram vetadas. Infelizmente, outras, como o uso da verba para pagar advogados, inclusive de terceiros, são uma porta escancarada para o chamado "caixa dois", um deleite para quem quer fazer o papel de Trypanosoma cruzi, parasitando as células, aliás, o erário público.
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