Como foi feito no ano passado, serão apontados o "Orgulho Nacional" e a "Vergonha Nacional" para o mês anterior.
Infelizmente, janeiro foi um mês ingrato para encontrar quem merece ganhar o selo de "Orgulho Nacional". Tivemos ótimos exemplos no ano passado. Felizmente, deu para encontrar algo interessante como os estudantes da UFBA e da Universidade Católica de Salvador que venceram o prêmio da NASA por apresentarem o seu projeto Ocean Ride, ou "carona pelo oceano", utilizando uma espécie de dispositivo parecido com o gerador de Van Der Graff para atrair os microplásticos e recolhê-los, podendo ser instalado em embarcações. Eles superaram outros 2.075 projetos vindos de 89 países. A notícia completa está AQUI, no site da UFBA.
Os estudantes baianos fizeram bonito ao disputarem e ganharam o prêmio da NASA (Divulgação) |
Por outro lado, estava difícil definir quem irá receber o prêmio da "Vergonha" porque candidatos não faltaram, desde as meninas acusadas de matar uma família inteira porque o pai era contra o namoro entre elas, até o sempre candidato Carlos Bolsonaro, o segundo filho do presidente atuante nas redes sociais para atiçar a militância, passando pelo foragido da Justiça para não responder ao atentado contra o Porta dos Fundos, e alguns envolvidos na manutenção de um dos programas mais execráveis na televisão brasileira, mas também um dos mais lucrativos, o BBB.
Realmente foi difícil escolher, mas o fator morte pesou contra as duas principais suspeitas de terem matado a pauladas e depois carbonizado um casal e seu filho, respectivamente pais e irmão de uma delas, Ana Flávia Gonçalves. Carine Ramos, a namorada de Ana, era apontada como controladora e teria idealizado o crime brutal. O maior motivo não seria a oposição ao namoro, mas a herança financeira da família. O que dificulta a escolha das duas é a ausência de provas cabais contra elas. Quando houver provas, então elas não escaparão do selo de fevereiro ou qualquer outro mês.
Por outro lado, Carlos Bolsonaro não comete crime ao mobilizar os acólitos do pai e dos seguidores do "guru" Olavo de Carvalho, e por enquanto pode se considerar o único dos três filhos políticos do presidente a não ter um selo de "Vergonha" para chamar de seu. Elementos do BBB 20 como o tal de Petrix só mostram os absurdos de um programa que glorifica o comportamento fátuo de certos candidatos a subcelebridade ávidos pela premiação no final do reality.
Então o selo de janeiro ficará para o extremista responsável pelo atentado contra o humorístico Porta dos Fundos, em dezembro passado. O prédio foi incendiado pelo grupo e um deles foi identificado como sendo o empresário Eduardo Fauzi. O fato do grupo fazer um filme de comédia sem graça e de mau gosto envolvendo um Jesus Cristo gay, afrontando a religiosidade de milhões de brasileiros, não justifica um ato abominável como o feito por Fauzi e seu grupelho de nazifascistas defensores de um regime que representa um perigo para a democracia. No início do mês, descobriram que ele fugiu para a Rússia para não responder pelo ataque. Escapou de receber o "selo" por causa de Flávio Bolsonaro, mas não escapa agora.
Eduardo Fauzi está na lista vermelha de Interpol, por fugir para a Rússia (Divulgação) |
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