quinta-feira, 19 de março de 2020

Só faltava essa!

Nesta semana divulgaram uma notícia perturbadora, ainda mais do que a atual pandemia de COVID-19: um asteroide com diâmetro entre 1 e 4 km está bem próximo da Terra. 

A NASA identificou o corpo celeste como 1998 OR2, e, segundo dados, ele se aproximará da Terra no dia 29 de abril. 

Mas, de acordo com a agência americana, não há motivo para pânico: a distância mínima é de 62 milhões de km, uma distância bem superior à da Lua, mas astronomicamente bem pequena. Ela monitora outras possíveis ameaças, e o tal asteroide não consta na lista (leia AQUI).

Se o 1998 IR2 fosse realmente uma ameaça, seu tamanho não teria uma estimativa tão imprecisa: a diferença entre 1 e 4 km está muito além do chamado "desvio padrão", cálculo de medida de erro que considera as imprecisões nas medidas de todos os fatores para observação de corpos celestes, entre eles a distância, o formato da órbita, a reflexão da luz incidente e a resolução da imagem gerada pelos telescópios (neste último caso, apenas para objetos próximos). 

Esta medida foi fornecida pelo site "Mega Curioso", que trata de curiosidades, não necessariamente informações verídicas, e pelo Tecmundo, especializado em tecnologia. 

De acordo com os dados do site spacereference.org (leia AQUI), o astro tem medidas pouco mais precisas, e ainda maiores do que o divulgado, com média de 2,374 km, suficiente para causar uma destruição comparável àquela que levou à extinção dos dinossauros, embora em escala menor (o bólido que colidiu no Golfo do México e aniquilou aqueles poderosos répteis tinha pelo menos dez vezes o volume da suposta "ameaça vinda do espaço"). 

Por outro lado, outra publicação virtual, ligada à AFP francesa, disse que isto é mesmo "fake news" (leia AQUI). 

Todas as fontes citadas acima corroboram as informações da NASA, dizendo que ele chegará perto da Terra, mas não colidirá com ela.

Esta ilustração realmente perturba, mas só os teóricos da conspiração acham que a NASA divulgaria resultados de medições com erros grosseiros nas órbitas dos asteroides para disfarçar os perigos de colisão (Smithsonian Magazine/Reprodução)

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