terça-feira, 10 de março de 2020

O que será de nós daqui para a frente?

Ontem, o mundo sofreu quedas vertiginosas nas bolsas de valores, devido ao coronavírus e à "guerra do petróleo" entre Rússia e Arábia Saudita. A Bovespa, por exemplo, entrou em "pane" (circuit breaker) e terminou definhando mais de 12%. 

Depois deste surto e do subsequente empobrecimento geral e irrestrito das nações, houve a recuperação parcial. Embora incapaz de repor as perdas, os movimentos foram também bastante fortes, indicando forte movimento especulativo. Na Bovespa, a alta foi de mais de 7%, e nem por isso o mercado comemorou. 

Por meses ainda, poderemos ver uma sucessão de altos e baixos. Não exatamente como uma montanha-russa, cujo trajeto é até bastante regular, mas como o registro de um terremoto. 

Traçado de uma montanha-russa louca, apelidada de "euthanasia coaster" pela suposta intenção de matar quem se atreva a enfrentar os vários loops seguidos; as trajetórias das economias são ainda mais acidentadas e imprevisíveis do que isto (Divulgação)
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o nosso presidente reuniu-se com Donald Trump e alguns empresários. Ele se preocupa mais com as urnas eletrônicas, as manifestações do dia 15 e com o abraço do Drauzio Varella numa presidiária transexual, gesto bastante escandaloso para os padrões daqui e visto por muitos seguidores do bolsonarismo como uma mostra de "esquerdopatia", como se o renomado médico se tornasse um seguidor psicótico do marxismo cultural ou de Lula. O presidente, aliás, considera o medo do coronavírus um delírio alimentado pela grande imprensa (sua inimiga figadal, ao lado dos petistas e petralhas), agindo pior do que o barbudo ex-presidente, que foi atacado por subestimar a crise de 2008, comparando-a a uma "marolinha". 

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