quarta-feira, 1 de julho de 2020

Orgulho e Vergonha de junho

Com o início deste mês, começa a metade final deste amaldiçoado ano. E julho começou com vendaval no sul do Brasil matando e causando prejuízos enormes, greves e manifestações de entregadores de aplicativos contra as más condições de trabalho, ameaça de gafanhotos na Argentina e no Uruguai, tempestade de areia do Saara atingindo a América, e a COVID-19 fazendo sua sexagésima milésima morte no Brasil. 

O início do mês também vai mostrar quem ganhou o selo de "Orgulho Nacional" e "Vergonha Nacional". Por razões exibidas na postagem anterior, não haverá os selos "Relevância Mundial" e "Vergonha Mundial".

De certa forma, quem recebeu o selo do "Orgulho" não deixa de ter relevância para o mundo, pois foi a primeira voluntária a receber a vacina-teste desenvolvida em Oxford, em colaboração com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde. Denise Abranches é coordenadora de odontologia do Hospital São Paulo, localizado na Vila Clementino (Zona Sul de São Paulo) e filiado à Unifesp.

Denise Caluta Abranches é a primeira brasileira a testar a vacina a ser desenvolvida em Oxford contra a COVID-19

Por outro lado, temos o caso de Sara Winter, a extremista representante dos "300 pelo Brasil". Seu mau exemplo não pode torná-la um símbolo da liberdade de expressão, mesmo porque o seu grupo representou perigo às instituições. Não se pode confundir fogos de artifício jogados em direção ao STF com o direito de opinar sobre equívocos e absurdos que os ministros do Supremo cometem em nome da interpretação das leis, interesses pessoais ou de terceiros, prejudicando a harmonia entre os Três Poderes e a reputação do Judiciário. Deve-se pressupor que os 11 membros da Corte, assim como o Presidente da República, ministros, deputados e senadores, sejam seres humanos e não deuses infalíveis e oniscientes, assim como ninguém neste mundo é.

Sara Winter exercendo o jus sperniandi e olhando orgulhosa para o seu prêmio

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