É aquele mesmo, desde o fatídico dia, conhecido como o 8/7 neste blog em alusão ao 11/9 dos americanos (a data do ataque da al-Qaeda às Torres Gêmeas):
7 A 1 FOI POUCO !
Agora vivemos catástrofes piores, como a COVID-19 causada pelo coronavírus, a depressão econômica, o recorde em desmatamentos ilegais, a corrupção gigantesca e ainda não devidamente controlada. Conseguimos a proeza de piorar ainda mais a situação educacional do país, e de sermos governados por um dos poucos líderes de nações a estar com a COVID-19.
A pandemia conseguiu paralisar o futebol, aliás, mas muitos nem parecem preocupados com isso, devido à deterioração política causada pela roubalheira sistêmica e outros males do governo petista, causando a Operação Lava Jato, o recrudescimento dos conflitos ideológicos e a vitória de Jair Bolsonaro.
No meio futebolístico, só há emoção quando se fala nos clubes, principalmente o Flamengo e os europeus. Mesmo assim, eles não são unanimidade. O rubro-negro é elogiado pelos resultados obtidos em 2019, sendo campeão brasileiro e da Libertadores, mas a gestão, excelente no retorno financeiro, se mostrou hedionda na administração do incêndio que matou boa parte da base do clube no "Ninho do Urubu", e na condução da volta do futebol com a pandemia ainda em curso. Os bilionários clubes europeus nem sempre conseguem bons resultados, principalmente os "novos ricos" como o Manchester City e o PSG, regados a petrodólares vindos de magnatas vivendo em países islâmicos. Até mesmo clubes mais tradicionais não livram os torcedores de presenciarem vexames e atuações pífias.
Mas, e a Seleção Canarinho de futebol, vítima imediata daquele placar ridículo há seis anos atrás, durante a "Copa da Vergonha"?
Ela não melhorou sua imagem e chegou até a piorar com os escândalos envolvendo a corrupção na CBF e os fracassos nos torneios (Copa América 2015 e 2016, Copa do Mundo de 2018), algo não compensado pela conquista da Copa América em 2019. Tivemos, após a demissão de Luiz Felipe Scolari, um dos principais culpados pelo vexame, os comandos irregulares de Dunga e Tite, que não poderiam mesmo resgatar a imagem da equipe, cuja camisa amarela é lembrada mais para ser usada em manifestações ocasionais, agora problemáticas devido ao risco do coronavírus.
O Brasil deixou de ser a chamada "pátria de chuteiras" e sua equipe nacional de futebol já não inspirava tanto temor desde o fracasso dos veteranos Ronaldo, Ronaldinho, Cafu e Roberto Carlos na Copa de 2006, jogada na Alemanha (sim, aquele país!). Com a substituição destes por novos jogadores, sem o mesmo talento, e isso incluindo o astro Neymar, houve retrocesso, enquanto outras equipes evoluíam. E a dignidade se perdeu de vez com o 8/7, talvez para não mais voltar.
Só realimentamos a velha "síndrome de vira-lata", termo usado por Nelson Rodrigues, popular quando o Brasil perdeu sua primeira Copa em solo pátrio (1950) e Martha Rocha (*) ficou sem o título de Miss Universo (1954). Mas, naqueles tempos, não havia nem coronavírus, nem preocupação com a roubalheira e nem temor por um futuro sombrio.
(*) N. do A.: Há pouco tempo, estamos sem a eterna Miss Brasil, Martha Rocha, morta no início deste mês aos 83 anos.
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