Nunca antes na história desse país, parafraseando o presidente eleito hoje, um candidato venceu as eleições presidenciais com uma margem tão pequena. O ex-presidente Lula venceu o agora presidente Jair Bolsonaro com uma irrisória diferença de 1,8%.
Lula ganhou, mas a situação eleitoral e política na qual está envolvido não é para rir (Divulgação) |
Além de ter ganho com essa diferença, ainda vai enfrentar um Congresso mais combativo e uma oposição forte e numerosa. O STF foi acusado de ter favorecido a soltura de Lula, condenado pela Lava Jato por algumas das várias acusações contra ele. Isso porque, segundo juristas, houve envolvimento de Sérgio Moro, então juiz de Curitiba, capital paranaense, enquanto o caso do triplex em Guarujá e o sítio em Atibaia estavam na jurisdição de São Paulo. Porém, esta suposta "aliança" pode acabar se o PT ou o eleito voltarem a se envolver em novas irregularidades ou haver mais dados sobre o mal esclarecido Quadrilhão.
O atual presidente novamente venceu no Centro-Oeste, no Sul, em vários estados do Norte (Roraima, Amapá, Rondônia, Acre) e quase todo o Sudeste. Ganhou em Minas Gerais, mas foi por uma margem minúscula (0,4%). Só ganhou, mesmo, no Nordeste, no Amazonas e no Pará. Na próxima postagem, será mostrado o quadro eleitoral por municípios, considerado mais preciso.
Em São Paulo, o governador eleito foi Tarcísio de Freitas, do PL, ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro. Wilson Lima (União) ganhou no Amazonas. Em Rondônia, foi o coronel Marcos Rocha (União), reeleito. Jorginho Melo (PL) venceu em Santa Catarina. Houve vários tucanos eleitos, mostrando que o partido não está morto politicamente, embora tenha perdido força no Legislativo: Eduardo Leite no Rio Grande do Sul, Eduardo Riedel no Mato Grosso do Sul, Raquel Lyra em Pernambuco. Ainda há os eleitos no primeiro turno, boa parte deles irá fazer oposição, como Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Ratinho Jr. (PSD-PR) e até Ibaneis Rocha (MDB-DF), alinhado com o bolsonarismo apesar de ser de um partido famoso pelo adesismo na Nova República.
Lula não poderá fazer o que lhe der na veneta, portanto.
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