segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Voltaremos no dia 30 !

Precisaremos voltar para as urnas no dia 30, pois haverá segundo turno para escolher entre Jair Bolsonaro e Lula. No Estado de São Paulo, ainda temos que votar para governador, pois Tarcísio de Freitas e Fernando Haddad ainda estão no páreo. 

Devido às grandes diferenças entre as pesquisas e o resultado real, os institutos responsáveis foram os grandes perdedores de ontem. Já se fala em criminalizar a prática quando ela mostra resultados tão discrepantes, o que é uma excrescência típica de países como Venezuela ou Cuba, como chegou a propor o líder do governo, Ricardo Barros. Augusto Aras, por outro lado, quer interpelar o Datafolha, o Ipec e outros assemelhados, o que poderia ser uma oportunidade para saber um pouco mais sobre a metodologia e se há má fé ou simplesmente erros operacionais nesses processos. 

O presidente candidato à reeleição teve desempenho muito melhor do que disseram (ganhou 43% dos votos, contra 48% do ex-presidente), enquanto Tarcísio, para governador, superou Fernando Haddad em larga margem (42% contra 35%), quando indicavam o contrário. 

Lula não conseguiu vencer no primeiro turno, como ele queria (Divulgação/Correio Braziliense)

A distribuição dos votos foi curiosa, com vitória do presidente no Sul, Centro-Oeste e maior parte do Sudeste (menos Minas Gerais), além de Acre, Rondônia e Roraima, no Norte. Lula faturou no Pará, Amapá, Amazonas (por bem pouco) e todo o Nordeste, além de Minas. 

Já correm piadas dizendo que o Nordeste faz parte de "Cuba do Sul" (Divulgação/Jornal do Momento News)

Pelo gráfico considerando os municípios, a situação é mais complicada. O sul do Pará escolheu Bolsonaro na maior parte dos votos locais, enquanto na cidade de São Paulo Lula venceu. 

Comparação da distribuição dos votos em 2018 e 2022 (à direita); em 2018, era Fernando Haddad o representante do petismo, enquanto Ciro Gomes mostrava força no Ceará, que agora não tem (Arte do jornal O Globo)

Simone Tebet foi melhor do que Ciro Gomes, com uma diferença de mais de 1,3 milhão de votos. O cacique do PDT teve desempenho bem pior em relação a 2018, enquanto a representante do MDB tem força para disputar a Presidência em 2026. Os outros candidatos foram mal, como era esperado. Soraya Thornicke (União Brasil) ganhou apenas 600 mil votos, enquanto Luís Felipe D'Avila (Novo) nem chegou a 560 mil votos. O Padre Kelmon foi o melhor dos "nanicos", com 81 mil votos. 

Naa próximas duas postagens, este blog vai comentar sobre os ganhadores e perdedores de destaque, eleitos para o Congresso e para as Assembleias Legislativas dos Estados. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário