Precisaremos voltar para as urnas no dia 30, pois haverá segundo turno para escolher entre Jair Bolsonaro e Lula. No Estado de São Paulo, ainda temos que votar para governador, pois Tarcísio de Freitas e Fernando Haddad ainda estão no páreo.
Devido às grandes diferenças entre as pesquisas e o resultado real, os institutos responsáveis foram os grandes perdedores de ontem. Já se fala em criminalizar a prática quando ela mostra resultados tão discrepantes, o que é uma excrescência típica de países como Venezuela ou Cuba, como chegou a propor o líder do governo, Ricardo Barros. Augusto Aras, por outro lado, quer interpelar o Datafolha, o Ipec e outros assemelhados, o que poderia ser uma oportunidade para saber um pouco mais sobre a metodologia e se há má fé ou simplesmente erros operacionais nesses processos.
O presidente candidato à reeleição teve desempenho muito melhor do que disseram (ganhou 43% dos votos, contra 48% do ex-presidente), enquanto Tarcísio, para governador, superou Fernando Haddad em larga margem (42% contra 35%), quando indicavam o contrário.
Lula não conseguiu vencer no primeiro turno, como ele queria (Divulgação/Correio Braziliense) |
A distribuição dos votos foi curiosa, com vitória do presidente no Sul, Centro-Oeste e maior parte do Sudeste (menos Minas Gerais), além de Acre, Rondônia e Roraima, no Norte. Lula faturou no Pará, Amapá, Amazonas (por bem pouco) e todo o Nordeste, além de Minas.
Já correm piadas dizendo que o Nordeste faz parte de "Cuba do Sul" (Divulgação/Jornal do Momento News) |
Pelo gráfico considerando os municípios, a situação é mais complicada. O sul do Pará escolheu Bolsonaro na maior parte dos votos locais, enquanto na cidade de São Paulo Lula venceu.
Simone Tebet foi melhor do que Ciro Gomes, com uma diferença de mais de 1,3 milhão de votos. O cacique do PDT teve desempenho bem pior em relação a 2018, enquanto a representante do MDB tem força para disputar a Presidência em 2026. Os outros candidatos foram mal, como era esperado. Soraya Thornicke (União Brasil) ganhou apenas 600 mil votos, enquanto Luís Felipe D'Avila (Novo) nem chegou a 560 mil votos. O Padre Kelmon foi o melhor dos "nanicos", com 81 mil votos.
Naa próximas duas postagens, este blog vai comentar sobre os ganhadores e perdedores de destaque, eleitos para o Congresso e para as Assembleias Legislativas dos Estados.
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