Durante décadas, os governos estaduais falaram em investir certa quantidade de dinheiro para despoluir o rio Tietê, mas muita gente, como os paulistanos e outros habitantes da Grande São Paulo, não conseguem notar a diferença.
Além dos problemas de esgotos não tratados e lixo jogados no rio e em seus afluentes como o Tamanduateí, o Aricanduva, os Cabuçu (de Cima, uma das fronteiras entre Guarulhos e São Paulo, e de Baixo, na Zona Norte), o Tiquatira, o Baquiviru, o o maior deles na Grande São Paulo, o Pinheiros, ainda há a perda de vegetação nas encostas e o assoreamento. Isso para não escrever sobre a retificação do rio na capital paulista para a construção da Marginal, anulando um dos fatores para a despoluição, as curvas naturais.
Depois de 28 anos de governos tucanos e seus fracassos em trazer pelo menos a esperança de um futuro mais limpo para o maior rio paulista, o governador Tarcísio de Freitas anuncia o Renasce Tietê, projeto de R$ 5,6 bilhões para melhorar mais efetivamente a situação das águas. No final de 2026, ainda não será possível nadar no rio sem pagar um alto preço em termos de saúde, mas contribuirá para diminuir o trecho comprometido do rio, cujo início foi sempre na cidade de Mogi das Cruzes. Em seus piores dias, a mancha de sujeira ia até Novo Horizonte, na região de São José do Rio Preto (cerca de 450 km da capital), e agora se estende até, aproximadamente, a cidade batizada com o nome do rio, Tietê, a 160 km daqui. Até Salto, na região de Itu e Sorocaba, o rio é considerado morto.
Veremos um dia o fim deste cenário horroroso? (EBC / BBC Brasil News) |
O Renasce Tietê foi concebido ainda na era tucana, mas só agora terá a chance de ser efetivamente implantado, com a colaboração de várias PPP (parcerias público-privadas). Não só o governo, mas também as empresas envolvidas e a sociedade devem contribuir para este projeto não ficar com aparência de um conto dito no dia seguinte a este - Primeiro de Abril!
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