terça-feira, 16 de maio de 2023

Uma aparente boa notícia e uma má notícia bem real

Muitos criticavam a Petrobras por sua política de preços dos combustíveis, responsável pela recuperação da empresa após anos de roubalheira, mas também pelo encarecimento de produtos nem sempre garantia de boa qualidade, principalmente devido ao intolerável índice de adulteração nos postos. 

O atual presidente da estatal, Jean Paul Prates, desvinculou o preço da gasolina e do diesel ao valor do barril de petrõleo importado. Isso garantiria menos oneração para os consumidores, mas há o risco de haver a volta dos prejuízos, a serem pagos com o NOSSO DINHEIRO futuramente. Além disso, muitos temem a sanha intervencionista do governo, quando não a mal disfarçada vontade de reviver o chamado "Petrolão", que quase dizimou a economia brasileira e levou a corrupção a níveis titânicos. 

Contra isso, algumas pessoas se insurgiram e logo se tornaram célebres. Um deles foi Deltan Dallagnol, ex-procurador do Ministério Público e agora ex-deputado. Sim, Deltan foi cassado a mando do TSE, acusado de se demitir do MP enquanto respondia a processos disciplinares internos por supostos abusos cometidos durante sua atuação na Lava Jato, inclusive afrontando o STF. 

Essa demissão para fugir dos processos e entrar na política realmente não tem amparo legal, mas os eleitores mal sabiam disso, e votaram nele por sua imagem de incansável defensor da lei e da Justiça contra a rapinagem. Recebeu 344 mil votos, algo bem expressivo, e isso tudo foi jogado fora porque Dallagnol se registrou como deputado federal pelo Podemos em meio a essa irregularidade. O TSE cassou-lhe o registro por unanimidade, e agora é acusado de fazer o jogo do PT e seus aliados, que, obviamente, comemoraram a decisão. O Podemos e a oposição já preparam algo para salvar a carreira política do ex-procurador. 

Ironicamente, Dallagnol desobececeu à Lei da Ficha Limpa, um dos responsáveis por tentar disciplinar a nossa política, sinônimo de esbórnia e concupiscência. 

Deltan Dallagnol pode recorrer ao STF para recuperar o mandato (Marcelo Camargo/Ag. Brasil)


Nenhum comentário:

Postar um comentário