segunda-feira, 22 de maio de 2023

O racismo novamente!

Mais uma vez o jogador da Seleção Brasileira e do Real Madrid Vinícius Jr. foi alvo de racismo. Isso se tornou tão abusivo que ele mostrou irritação, foi expulso da partida entre os merengues e o time do Valência e se manifestou com palavras duras contra La Liga, por não tomar providências contra a má educação demonstrada por torcedores valencianos, que o chamaram de "macaco", de forma recorrente. Normalmente, ele responde aos racistas com gols, para fazê-los calar, mas agora ele ameaça até sair da Espanha para jogar em outro país. 

Por solidariedade, o antigo clube do atacante - o Flamengo - demonstrou solidariedade, assim como outros clubes. Enquanto isso, a imprensa espanhola minimizou, dizendo ser um "incidente isolado". E fizeram a opinião pública do país ibérico "vestir a carapuça" de conivência com a discriminação contra os negros. 

Vini Jr. manteve a atitude confrontacional contra o racismo do qual é vítima de forma constante na Espanha (Aitor Alcalde/Getty Images)



Politizando o incidente, o presidente Lula, ainda no Japão, onde ele está reunido com os líderes do G7, mandou chamar a embaixadora do Brasil na Espanha para consultas. Ele havia mostrado sua indignação com o episódio, e chegou a empregar a palavra "fascistas", esse termo infelizmente banalizado, referindo-se aos indivíduos que não se dão ao respeito em termos esportivos e comportamentais, e não ideológicos. 

Alguns atores envolvidos nesse quiproquó também se apequenaram, como o presidente da La Liga, Javier Tebas, quando este protagoniza sessões de "bate-boca" virtual contra Vini Jr. Carlo Ancelotti, o técnico do Real, e até o presidente da Fifa Gianni Infantino, ficaram do lado do atleta, mas algo mais decisivo deve ser feito para salvar o futebol do racismo, um de seus inimigos mais prejudiciais à imagem de qualquer esporte.



N. do A.: O presidente Lula fez muito mal ao chamar a embaixadora da Espanha, atitude típica de caudilhos. Ele também passou vergonha ao posar de mediador no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e dizer ter marcado uma reunião com Volodymyr Zelensky, enquanto sua postura dúbia é questionada. Ele também é mal visto por sua aliança incondicional com a China, sem considerar a questão de Taiwan e nem das minorias étnicas perseguidas pelo governo de Pequim, como os uigures. Enfim, a política externa deste governo se mostra bem diferente da de Bolsonaro, sendo ambas nefastas para a imagem do nosso país. 

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