Depois de três anos de internações, colapso sanitário e econômico e milhões de mortos, a COVID-19 deixa de ser uma emergência sanitária, de acordo com a OMS.
Apesar disso, o vírus continua espalhado no mundo, sob variantes bem menos perigosas em relação às originais de 2019-2020. Pessoas com baixa imunidade continuam em perigo, pois o coronavírus é diferente de uma "gripezinha". Aliás, mesmo as gripes são perigosas neste caso específico.
Tedros Adhanon Ghebreyesus, presidente da OMS, alvo de críticas durante a gestão da entidade durante a pandemia de COVID-19 (Salvatore di Nolfi/Keystone/AP) |
O vírus não vai desaparecer porque a OMS e outras entidades políticas querem. Ele vai se adaptar aos novos ambientes e provavelmente será mais um parasita entre tantos outros.
Continuamos a ter muitas dúvidas acerca desta pandemia, como ela se originou, e até que ponto podemos confiar nos atores envolvidos nesta tragédia: epidemiologistas, médicos, políticos, economistas, membros das poderosas indústrias farmacèuticas e outros formadores de opinião. Muitas teorias da conspiração se formaram em torno das medidas sanitárias e do desenvolvimento das vacinas. Esses temas também foram usados ad nauseam para embasar ideologias políticas.
Milhões morreram, bilhões em prejuízo, sofrimento de famílias, quebra em quase todos os setores da cadeia produtiva, aumento nos casos de problemas psicológicos e rumores sobre as possíveis consequências apontadas por diversos formuladores de distopias, como uma ditadura global e a desvalorização do ser humano como indivíduo. Levaremos tempo para recuperar os estragos, e perderemos mais tempo esperando os governos fazerem mea culpa, por seu fracasso em lidar com o flagelo.
E demonstramos não ter suficiente preparo para enfrentar possíveis novas pandemias. Pior: confirmamos sermos mais uma vez tripulantes - voluntários e involuntários - de uma gigantesca nau de insensatos. Este blog já tratou disso AQUI.
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