quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Nostradamus e Baba Vanga novamente

Basta o mundo estar mergulhado na incerteza em um final de ano, provocada por conflitos gravíssimos e amplamente divulgados, para um certo homem ser proclamado por formadores (e deformadores) de opinião: Michel de Notre Dame, o popular Nostradamus. 

Para 2024, segundo o jornal The New York Post em uma de suas edições neste mês, o vidente francês do século XVI teria previsto a deposição e expulsão de Charles III da Grã-Bretanha (o "rei das ilhas"), desastres climáticos ainda maiores do que neste ano, quebras de colheitas, fome, a morte do papa Francisco e um possível conflito em Taiwan capaz de fazer a China, o "adversário vermelho", supostamente ficar com medo diante das repercussões gravíssimas. (clique AQUI para ler). 

É a mídia moderna do século XXI que atribui a Nostradamus (centro) profecias ruins sobre Charles III (esquerda) e o papa Francisco (direita) (Getty Images)

O jornal teria insinuado que o príncipe Harry, e não o herdeiro do trono, William, irá suceder o pai, o que coloca a suposta profecia ainda mais no terreno da especulação. 

Outros futurólogos e postulantes a isso citam outras profecias, mas estas não vem de Nostradamus, e sim de Baba Vanga, a vidente búlgara do século XX, com base em reportagem do Sky History. Nem tudo, felizmente, é desastre: entre outras previsões, haveria grande desenvolvimento na tecnologia quântica e remédios para curar o câncer e o mal de Alzheimer. Também haverá, segundo a publicação, a fabricação de humanos em laboratório. Mas a mídia em geral destacou a parte ruim, como um possível ataque terrorista islâmico na Europa, o agravamento dos desastres climáticos e o desenvolvimento de armas biológicas por um "grande país". 

Estas supostas profecias são recorrentes em tempos de crise. No final de 2021, choveram previsões sobre 2022, que não ocorreram, como a invasão da França pela Rússia (na verdade, os russos invadiram a vizinha Ucrânia, bem mais próxima) e a morte de um ditador conhecido - especulava-se Kim Jong-un, o tirano da Coréia do Norte, ainda vivo e em boa saúde, para desgosto do Ocidente. 

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