São Paulo vai ter transporte gratuito aos domingos e feriados, já a partir do próximo dia 17.
Além disso, haverá a gratuidade no Natal, Ano Novo e feriado do aniversário da cidade, em 25 de janeiro. Parece bom demais para ser verdade? De certa forma, sim.
O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, vai disputar a reeleição e para conquistar o eleitorado mais pobre ele roubou uma das pautas de Guilherme Boulos, considerado o principal adversário.
Poderá haver uma contrapartida, que é um aumento na tarifa do ônibus no começo do ano. O percentual ainda não foi definido, mas para cobrir o custo do subsídio (alegados R$ 5,1 bilhões por ano, segundo dados para 2022) mais a perda da arrecadação nos dias de gratuidade (R$ 238 milhões), a tarifa precisaria ficar acima de R$ 10,00, o que é inviável politicamente e não seria assimulado de jeito nenhum pela população.
É possível que este aumento venha só em 2025, após a posse do novo prefeito, e mesmo assim o aumento não seria tão absurdo: fala-se em R$ 5,30 ou R$ 5,40, valores considerados salgados demais para a maioria dos paulistanos.
N. do A.: Muitos consideram o gesto de Nunes como maluco e eleitoreiro, mas não tanto quanto a iniciativa de Jair Bolsonaro de tentar faturar politicamente ao comparecer à cerimônia de posse do presidente argentino Javier Milei, na qual participaram desde um "progressista" como Gabriel Boric, do Chile, até o conservador Daniel Noboa, do Equador, além de chefes de estado de países fora da América, como o ucraniano Volodymyr Zelensky e o húngaro Victor Orbán. Lula, aliás, cometeu um ato de deselegância ao não comparecer ao evento em Buenos Aires.
Nenhum comentário:
Postar um comentário