terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Corrida presidencial nos Estados Unidos acirra-se

Os favoritos para as eleições americanas: Donald Trump, Hillary Clinton, Ted Cruz e Bernie Sanders (Getty Images)

As prévias comunitárias (caucuses) no estado de Iowa, no meio-oeste americano, reservaram más notícias para os considerados favoritos na disputa presidencial, ou seja, para Donald Trump e Hillary Clinton. 

No lado republicano, o histriônico bilionário foi derrotado por Ted Cruz, igualmente conservador e muito menos exagerado. Cruz conseguiu 28% das intenções de votos, contra 24% de Trump. Ted Cruz é filho de um pastor cubano que fugiu da ditadura castrista, e prega a intensificação dos combates contra o Estado Islâmico, revogação do sistema de saúde conhecido como "Obamacare" e a redução dos impostos. Entre os republicanos há muitos outros, dos quais apenas Marco Rubio, também filho de cubanos, tem chances significativas de ser indicado pelo partido. 

Muito mais equilibrada foi a briga entre Hillary Clinton, a favorita (ainda) para ocupar a Casa Branca, e o radical Bernie Sanders. A mulher de Bill Clinton conseguiu 49,9% contra 49,6% do rival, considerado um "social-democrata", com ideias tão estranhas aos americanos que parecem ser de um candidato brasileiro ou até mesmo dos "bolivarianos" sul-americanos: derrotar os grandes bancos, reduzir os juros do cartão de crédito, criar um imposto sobre o capital especulativo e criar um sistema de saúde público e gratuito. Hillary é bem mais moderada e vai seguir, ao seu modo, a política de Obama, mas não dá muitos detalhes de seus planos de governo. 

Iowa é apenas o primeiro estado a escolher seus candidatos. Os próximos caucuses serão em New Hampshire. Ainda restam 48 estados, e mais os Estados associados, como Puerto Rico, que participam das prévias, mas não têm um Colégio Eleitoral, isto é, seus habitantes não votam nas eleições de novembro.



N. do A.: Enquanto isso, aqui no Brasil, a política por aqui continua bem mais rasteira, com novas manobras de Eduardo Cunha para arruinar os esforços de cassá-lo e também um novo discurso de Dilma, desta vez dentro do Congresso, a favor da CPMF, sendo vaiada por isso. 

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