quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Flor no pântano

Estamos no meio de um turbilhão de más notícias!

Uma delas é o não depoimento do ex-presidente Lula, beneficiado por uma decisão do Conselho Nacional do Ministério Público que o "impediu" de comparecer ao Fórum Criminal e explicar os episódios envolvendo o triplex no Guarujá e o sítio em Atibaia, além de outras acusações gravíssimas que praticamente aniquilam a sua imagem de benfeitor do país. Não está nem em questão o Petrolão e o Mensalão, dos quais ele é considerado o grande beneficiado. 

Os manifestantes pró e contra Lula estavam ansiosos para ver o ex-presidente, e acabaram brigando. Lulistas provocaram a briga, e os anti-Lula reagiram. A polícia precisou intervir, e a avenida Doutor Abraão Ribeiro, importante via da Zona Oeste da capital paulista onde fica o Fórum, ficou interditada. 

Mais um fato auspicioso para o PT, mas não para o Brasil, é a eleição para presidente do PMDB, dividido entre os defensores do governo e os partidários de Eduardo Cunha. Até o ministro da Saúde, filiado ao partido, licenciou-se temporariamente para votar, mesmo com os imensos problemas de sua pasta, como o Aedes, que irei abordar nesta postagem, e a falência do SUS. Por 37 votos a 30, Leonardo Picciani, apoiado por Renan Calheiros e pela ala situacionista, foi reeleito. 

Outro fato amargo de se engolir é o novo rebaixamento da agência Standard&Poor's, a primeira das três grandes classificadoras de risco a retirar o selo de bom pagador. O país recebe agora a nota BB, a mesma de países como a Bolívia. E ainda há o risco de novos rebaixamentos, diante da piora do cenário econômico.

Não bastasse isso, o governador paulista Geraldo Alckmin teve a "brilhante" ideia de decretar sigilo de 50 anos nos boletins de ocorrência, um verdadeiro atentado à transparência, mas perfeitamente dentro da tradição de nossos governantes brasileiros agirem na surdina.

Mas agora chega de más notícias.

A Inovio Pharmaceuticals, empresa americana que desenvolve vacinas, testou uma delas em ratos e conseguiu resultados favoráveis na imunização contra a zika. Ainda não é garantia de imunização para estes animais, quanto mais para os humanos, mas é um belo passo adiante. Estamos, portanto, mais próximos de uma solução para uma das várias doenças transmitidas pelo Aedes

Enquanto esta vacina não é desenvolvida, ainda teremos de conviver com a negligência, nossa e dos governos, que faz multiplicar os criadouros do mosquito, permitindo que ele se multiplique e ameace nossas vidas. 

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