segunda-feira, 16 de maio de 2016

Breves do início da semana

Muita gente anda estranhando a aparente "proteção" de Gilmar Mendes a Aécio Neves, um dos indiciados da Lava Jato. Gilmar alega que não há evidências suficientes contra ele, e simplesmente desmarcou um depoimento. O ministro é sempre acusado de favorecer os tucanos, em contrapartida com aqueles indicados pelos governos de Lula e Dilma, também vistos com desconfiança por muitas vezes se posicionarem a favor dos mandatários petistas, apesar de alguns deles, como Luís Fux, se mostrarem bastante moderados neste ponto. 

Enquanto isso, a Operação Zelotes, outra missão da Polícia Federal, continua a agir, desta vez indiciando André Gerdau e outros executivos da empresa mineradora, além de ex-conselheiros da Carf, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, pelo velho motivo da corrupção, contra a Receita Federal. Gerdau foi apontado como corruptor, enquanto os funcionários da Carf se deixaram corromper. 

Para calar a boca dos críticos "politicamente corretos", Michel Temer escolheu a economista Maria Sílvia Bastos Marques para comandar o BNDES. Ela é vista como técnica e criteriosa, e já trabalhou como presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Os críticos ainda esperam por uma pessoa negra no governo Temer. E, no caso de algum afrodescendente ser indicado, não vão parar por aí. No fundo, boa parte dos queixosos iria chiar, mesmo se o ministério fosse composto só de mulheres, negros e homossexuais, pois este governo seria "golpista".

E o Brasil perdeu uma de suas vozes mais marcantes: Cauby Peixoto morreu ontem aos 85 anos. Conhecido pelas canções Bastidores e Conceição, interpretou também outros compositores, como Roberto Carlos e Frank Sinatra. Era dono de uma voz poderosa, mas aveludada, de baixo-barítono, e também era conhecido pelo figurino excêntrico, com uma vasta peruca e roupas extravagantes.

 Cauby Peixoto (1931-2016) (Foto: Marco Aurélio Olímpio)

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