Está havendo um novo fenômeno de transtornos psiquiátricos no Brasil: fãs ensandecidos atacando seus ídolos.
Primeiro, no sábado, a apresentadora Ana Hickmann, da Record, foi atacada por um suposto fã armado em Belo Horizonte. Por sorte dela e azar do infeliz cidadão, o cunhado também estava hospedado no mesmo apartamento, reagiu ao ataque e matou o agressor, Rodrigo Augusto de Pádua. O caso foi tratado como legítima defesa, e neste caso o autor do homicídio vai responder em liberdade. A cunhada da artista foi baleada na confusão, e está fora de perigo, apesar de ter sofrido uma cirurgia de emergência. Ana Hickmann não foi ferida, mas está emocionalmente abalada.
Ontem, foi a vez da cantora Anitta ser vítima de um psicótico que se diz fã. Ele estava desarmado, mas tentou invadir por duas vezes o condomínio de luxo onde ela morava. Anitta e seus familiares não foram molestados.
Anitta e Ana Hickmann possuem milhares de fãs, alguns deles verdadeiros fanáticos (fotos do Instagram, uma das redes sociais frequentadas pelas artistas)
Se isso se transformar num surto, nenhuma celebridade estará a salvo. Sabe-se que os sociopatas responsáveis pelos ataques conseguiram informações das redes sociais, avidamente usadas pelos seus ídolos e possíveis vítimas. Lamenta-se a falta de cuidado de qualquer usuário das redes - muitos postam demais cenas íntimas e colocam muitas informações, pondo em risco sua segurança - mas se lamenta muito mais a falta de segurança, valores morais e éticos, monitoramento psicológico de pacientes que deviam seguir tratamento.
Corre-se o risco do próximo caso terminar na morte de alguém famoso, para causar escândalo e indignação no país inteiro e, talvez, no mundo.
N. do A.: Este post ia falar sobre o pacote anunciado hoje pelo presidente interino Michel Temer. Ele promete, aliás, deixar opositores e até apoiadores de seu governo ensandecidos como os "fãs" aludidos acima, com sua proposta de limitar gastos com saúde e educação - que, de fato, são muito mal gastos, mas infelizmente só se fala em corte e não em efetiva racionalização - ao lado de outras medidas impopulares, como os ajustes na Previdência. A novidade, porém, é limitar os gastos de acordo com a inflação, já que desde 1997 o gasto público aumentou muito, por conta de um Estado hipertrofiado e ineficiente. A intenção é excelente, mas falta detalhar como isso será feito.
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