terça-feira, 31 de maio de 2016

Termina um mês cheio de assuntos

Maio de 2016 foi um dos meses mais agitados dos últimos tempos, mesmo considerando a turbulência dos últimos anos.

O presidente interino foi o grande destaque deste mês que termina (Divulgação)

Começando pela parte mais desagradável e que mais desperta paixões entre os militantes, a política, temos o afastamento de Eduardo Cunha pelo STF, a sucessão deste por Waldir Maranhão, responsável por uma tentativa de melar o processo de impeachment, o afastamento de Dilma pelo Senado, a montagem do governo Temer, suas constantes mudanças de posicionamento diante dos desafios a serem superados, os grampos de Sérgio Machado, o afastamento de Romero Jucá e Fabiano Silveira, dois ministros em menos de um mês. Por falar em escândalo, o presidente do Bradesco e ex-postulante ao ministério da Fazenda Luiz Trabuco foi indiciado por corrupção na operação Zelotes. 

Outra parte quase tão desagradável é a violência, com destaque para o estupro coletivo de uma jovem, ainda não devidamente esclarecido e alvo de muita discussão na sociedade, com direito à tentativa de certos militantes transformarem um caso de polícia e desrespeito à mulher numa bandeira política. Os incidentes envolvendo celebridades como Ana Hickmann e Anitta também foram bastante explorados pela imprensa, além de mostrar a impunidade dos criminosos e a vulnerabilidade de gente que posta tudo nas redes sociais.

Dentre os destaques internacionais, a campanha presidencial norte-americana está para chegar a um desfecho, com Donald Trump e Hillary Clinton mais próximos de serem indicados pelos seus partidos, o Republicano e o Democrata, respectivamente. O atual presidente, Barack Obama, visitou neste mês o Vietnã e o Japão, mais precisamente Hiroshima, fazendo relembrar velhas questões para a política externa americana. O governo iraquiano está executando uma grande ofensiva para recuperar Falluja, tomada pelo Daesh. O Reino Unido está se preparando para votar, no mês que vem, a permanência ou não do país na União Européia. Continuam o drama dos refugiados, as provocações da Coréia do Norte, as investidas do Boko Haram para instalar um califado na África (uma menina dentre milhares foi salva desse grupo terrorista).

Nesta parte do mundo, a América do Sul, o governo de Nicolás Maduro caminha para uma ditadura sem freios rumo ao isolamento internacional e ao descrédito do mundo, a ponto de um antigo aliado dos chavistas, o ex-presidente do Uruguai José Mujica, ter chamado o tiranete de Caracas de "louco" devido aos ataques ferozes contra o secretário-geral da OEA, uruguaio Luís Almagro, visto por Maduro como o inimigo externo número 2 (o número 1 são os EUA). 

Nos esportes, tivemos os preparativos para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, os êxitos na ginástica artística e os insucessos em dois esportes não-olímpicos, o surfe e o MMA, para os atletas brasileiros: Mineirinho e Gabriel Medina foram eliminados na etapa do Mundial de Surfe, disputando no Rio de Janeiro. E, no futebol, tivemos o fim dos estaduais e o começo do Brasileirão, enquanto na Europa se disputavam jogos realmente dignos desse nome, terminando com mais uma vitória do Real Madrid, nos pênaltis, diante do arquirrival Atlético de Madrid, para frustração e tristeza de muita gente, que queria ver os comandados de Diego Simeone ganhando o título da Champions League pela primeira vez. 

Dentre outras questões, já começamos com mais um bloqueio do WhatsApp, greves na USP e no transporte público, a discussão sobre a fosfoetanolamina (a "pílula do câncer") que foi parar até no Supremo, animais sacrificados porque atacaram gente que não deveria estar nos recintos deles (um maluco invadiu a jaula dos leões no Chile e uma criança acidentalmente caiu no fosso dos gorilas; nos dois casos, os humanos sobreviveram e os animais é que morreram, pela ação dos guardas), entre outros.

Maio foi um mês repleto de acontecimentos e nada indica que os meses seguintes sejam mais calmos. Testemunharemos isso, sem dúvida. 

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