terça-feira, 3 de maio de 2016

Começa a trajetória da tocha no Brasil - e termina a do Bayern na Champions League

Enquanto no mundo político a Procuradoria-Geral da República, amparada pelas denúncias de Delcídio do Amaral, denunciava Eduardo Cunha, Aécio Neves e, the last but not the least, o ex-presidente Lula, no mundo esportivo ocorreram dois fatos importantes. 

O primeiro foi a Tocha Olímpica chegando em Brasília, com a participação de vários atletas e outras personalidades no revezamento, durante o percurso, entre os quais Fabiana e Paula Pequeno (as duas da Seleção Brasileira de Vôlei, que tanto nos deu alegrias nas últimas duas Olimpíadas), Gabriel Medina e Vanderlei Cordeiro de Lima, além do matemático Artur Ávila. Outros nomes participaram também, mas fora de Brasília, como Joaquim Cruz e Thiago Pereira, em Taguatinga. 

Dilma acende a Tocha e Fabiana, capitã da Seleção de Vôlei, se prepara para recebê-la (André Coelho/O Globo)

Alguns manifestantes contra o impeachment tentavam interferir na cerimônia, mas foram afastados pela segurança. E, tentando mostrar que ainda é a presidente, Dilma compareceu à cerimônia, acendendo a tocha pela primeira vez em solo brasileiro, de acordo com o protocolo. Foi o mundo político interagindo com o do esporte.

Já o segundo fato envolve o futebol europeu, mais precisamente a Liga dos Campeões da UEFA (outra entidade fortemente influenciada pela baixa política de seus dirigentes). O temível Bayern de Munique pressionou o quanto podia o Atlético de Madrid no Allianz Arena, conseguiu ganhar, mas foi eliminado. Fez 2 a 1, quando poderia ter feito mais um, graças ao pênalti desperdiçado por Thomas Müller, o astro do time e da Seleção responsável pelo 8/7 no Mineirão. Como o Atlético de Madrid havia ganho por 1 a 0, o gol feito por Griezmann foi o suficiente para classificar os espanhóis, rumo ao título inédito. Poderia ter feito mais um gol para humilhar ainda mais os Golias alemães, mas Fernando Torres também desperdiçou um pênalti, este considerado irregular. Mas isso não tira o mérito dos colchoneros. Simeone mostra seu talento em comandar um elenco bem mais limitado do que o do rival - Fernando Torres e Griezmann são os únicos astros do time - e montar um esquema de jogo eficiente, priorizando a defesa. 

Xabi Alonso, do Bayern, desolado com a eliminação na Champions League (Getty Images)

Todo o elenco do Bayern sentiu o golpe, mas quem mais deve lamentar é Pepe Guardiola, um dos maiores treinadores de futebol do nosso tempo, que ficou à frente de um dos melhores times do mundo por três anos e acumulou fracassos, sempre vendo seu time cair nas semifinais em 2014 (contra o Real), 2015 (diante do Barça) e, agora, em 2016. Curiosamente, nos três casos o time de Munique perdeu para os três grandes times da Espanha. Antes, ele havia comandado o Barça e ganhado a taça em 2009 e 2011. 

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