Neste fim de semana, houve a Virada Cultural, evento em São Paulo onde houve, como sempre, a apresentação de vários artistas, desde os hipercontemporâneos MC Bin Laden até Erasmo Carlos, passando por Maria Rita, Rogério Skylab, Maria Rita, Ney Matogrosso, Nação Zumbi e a OSESP.
Os protestos contra o presidente interino, no entanto, chamaram mais atenção do que as atrações, a maior parte deles vindo de simpatizantes do governo afastado. Não se limitaram a criticar o tratamento de Michel Temer à cultura, mas também querem o seu afastamento, por ser considerado um "golpista".
Apesar de tudo, houve menos prisões do que em qualquer outro ano. Houve uma fatalidade, causada pelo uso de álcool e lança-perfume, mas nada que tirasse a tranquilidade dos outros participantes.
Mais do que isso, porém, chamou a atenção da mídia: pressionado pelos artistas e confirmando a fama de indeciso, o governo Temer voltou a dar status de ministério à Cultura. Esta foi uma verdadeira "virada", elogiada por alguns e criticada por muitos, pois o governo foi visto como derrotado pelos interesses financeiros de uma elite cultural disposta a gastar NOSSO DINHEIRO para financiar atividades como filmes, peças de teatro, exposições e viagens para divulgação de trabalhos. Argumenta-se que eles podiam perfeitamente buscar patrocínio de empresas para custear suas obras, e não consumir dinheiro que poderia ser investido no ensino de nossos jovens. Aliás, a natimorta Secretaria da Cultura era para ser vinculada à pasta da Educação.
Este governo foi ironizado por estas e outras mostras de falta de rumo, e está no caminho certo para ser julgado quase tão severamente quanto o governo da presidente afastada.
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